Em um jogo muito tenso, fraco tecnicamente e com muitas divididas, o Botafogo fez a lição de casa e derrotou o Náutico por 1 a 0, na noite desta quarta-feira, no Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, no Rio de Janeiro, pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro.
O único gol do jogo foi marcado em um pênalti duvidoso, assinalado pelo árbitro Leonardo Gaciba. Juninho converteu e garantiu que o Alvinegro chegasse aos 35 pontos, melhorando a sua situação e afundando o Timbu, que segue na zona de rebaixamento, com três pontos a menos.
As duas equipes voltam a campo no próximo domingo. O Botafogo visita o Internacional, às 16h (horário de Brasília), no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre. Mais tarde, às 18h30, o Náutico faz o clássico pernambucano com o Sport nos Aflitos, no Recife.
O jogo – A partida já começou muito nervosa, com as duas equipes visivelmente preocupadas com o setor defensivo e temerosas de darem campo ao rival. A bola parecia queimar nos pés dos jogadores de ambos os times. Por jogar como visitante, o Náutico se posicionava mais recuado, buscando espaços apenas nos contra-ataques. E foi assim que assustou pela primeira vez aos cinco minutos, quando Patrick chutou cruzado e Carlinhos Bala chegou atrasado na hora de empurrar para o fundo da rede.
O Botafogo era mais presente no campo de ataque, mas sem Lucio Flavio, suspenso, não tinha quem trabalhasse bem a bola. Jônatas, que seria o principal responsável, não vivia uma noite inspirada. Tanto que Reinaldo chamou o jogo para criar e aos dez minutos deu bom passe para Jobson, mas o goleiro Glédson se antecipou ao atacante alvinegro.
O clima no estádio era tão tenso que até mesmo o arqueiro botafoguense Jéfferson, tão calmo, se atrapalhou num chute de Tuta, aos 15 minutos, e quase proporcionou o gol pernambucano. O camisa 1 do time carioca, porém, se recuperou a tempo de evitar o pior para sua equipe. O Alvinegro respondeu três minutos depois, num chute de Reinaldo, sobre o gol. Aos 20 foi a vez de Jéfferson defender um chute de Márcio, após sobra na área.
Do meio para o fim do primeiro tempo o Náutico recuou demais e deu campo ao Botafogo, mas congestionou seu setor defensivo, gerando problemas ainda maiores para o setor de criação do adversário. O Alvinegro então passou a arriscar chutes de fora da área. Aos 34 minutos, Léo Silva mandou a bola sobre o gol. Dois minutos depois, Leandro Guerreiro forçou a defesa de Glédson. A melhor oportunidade da primeira etapa aconteceu aos 42 minutos, quando Reinaldo foi ao fundo, cruzou e Jobson, que vinha na corrida na pequena área se atrapalhou e acabou facilitando o trabalho do goleiro.
Na volta para o segundo tempo o nervosismo seguiu presente, mas os times voltaram um pouco mais eficientes no passe, tanto que alguns lances de perigo aconteceram logo no começo. Aos dois minutos, Alessandro chutou de fora da área e o goleiro cedeu escanteio. Aos dez minutos foi a vez de Carlinhos Bala errar o chute, a bola sobrar para Tuta e Jéfferson fazer grande defesa. Sete minutos depois, Victor Simões chutou de virada para fora, assustando o goleiro do Náutico.
Aos 27 minutos uma atitude polêmica da arbitragem fez com que o Botafogo abrisse o marcador. Diego penetrou na área e esbarrou em Jhonny. O árbitro Leonardo Gaciba entendeu que houve pênalti, convertido por Juninho. Diante da desvantagem, o Náutico se lançou ao ataque e assustou aos 30 minutos, quando Carlinhos Bala chutou e o goleiro defendeu.