Os torcedores de Campo Grande fizeram festa e até improvisaram uma carreata para acompanhar a seleção brasileira do Hotel Bahamas até o Estádio Pedro Pedrossian, o Morenão. Após alguns minutos de expectativa, a torcida foi liberada para acompanhar o treino.
Cerca de 300 pessoas ficaram do lado de fora e se viram frustradas, no início, ao serem impedidas de entrar no estádio. Alguns subiram em caminhões, outros se arriscaram em grades e ainda outros se espicharam nas escadas para ver Dunga e companhia no estádio.
"Eles tinham que liberar pelo menos o treino", torcia o vendedor Toni Almeida, 38 anos, que foi com a mulher, a dona de casa Cláudia Lima, 35, e os dois filhos, estudantes de 14 e 16 anos ver o treino no Morenão. Ele compensou vendo o treino da seleção, já que não tem dinheiro para levar toda a família para o jogo de quarta-feira.
A mesma opinião defendia o aposentado Colombo Soares, 56, que foi ao Morenão vestido com a camiseta da seleção e a bandeira do Brasil. Ele argumentava que não havia lógica para o treino fechado, já que o Brasil está classificado para o Mundial e só cumpre tabela no último jogo das eliminatórias.
Primeiro lugar – Apesar da torcida considerar que o jogo de quarta-feira é só para cumprir tabela, os jogadores e o técnico Dunga avaliam diferente. O objetivo do grupo é vencer a Venezuela para terminar a campanha das Eliminatórias Sul-americanas em primeiro lugar.
Neste momento, Brasil e Paraguai estão empatados na tabela. Para não depender de tropeço dos paraguaios, os brasileiros precisam derrotar os venezuelanos no Morenão quarta-feira.
Venezuela – A seleção da Venezuela só deverá treinar a partir das 18h30 na Associação Médica, no Parque dos Poderes. Inicialmente, o treino aconteceria a partir das 17h.