O sonho do bicampeonato do Internacional encerrou logo na sua primeira etapa da competição. Na noite desta quarta-feira, o Colorado perdeu por 1 a 0 para a Universidad do Chile, no estádio Santa Laura, e acabou sendo eliminado da Copa Sul-americana. Depois de um empate no Beira-Rio, os gaúchos necessitavam de uma excelente atuação para avançar às quartas de final, mas a regularidade chilena minou o desejo da equipe de Tite.
O Internacional começou a partida extremamente assustado com a pressão da torcida chilena. Em contrapartida, La U forçou as jogadas pelas pontas, especialmente com o argentino Montillo, e deu muito trabalho à marcação gaúcha. O gol da Universidad, porém, veio apenas aos 37 minutos, em uma falha defensiva do Inter, aproveitada pelo oportunista centroavante uruguaio Juan Olivera.
Apesar da mudança de jogadores, acrescentando qualidade ao time, o Internacional seguiu dominado pela Universidad do Chile. Entretanto, os donos da casa mudaram a postura durante a segunda etapa e buscaram mais os contra-ataques. O Colorado, por outro lado, pecou na criação de jogadas e apenas levantou bolas para a área. Pouco para uma equipe que desejava manter o título da Sul-americana.
Nas quartas de final, a Universidad do Chile poderá pela outro adversário brasileiro. Depois de bater o Internacional, La U encara na briga por uma vaga à semifinal o vencedor do duelo entre Fluminense e Alianza Atlético, do Peru. Na primeira partida, o Tricolor das Laranjeiras descolou um empate de 2 a 2 e joga por duas igualdades (0 x 0 e 1 x 1) para avançar na Copa Sul-americana.
O jogo – Tite resolveu poupar três peças fundamentais do seu elenco para a partida contra a Universidad. Nos vestiários, o treinador confirmou a ausência de Kléber, Guiñazu e Taison. Nos seus lugares, Marcelo Cordeiro, Glaydson e Marquinhos começaram o confronto decisivo contra os chilenos.
Contudo, a pressão incessante da torcida chilena assustou os brasileiros. Nos primeiros minutos, La U manteve a posse de bola e dominou completamente o Internacional. Buscando o contra-ataque, apesar de precisar da vitória, os gaúchos mostraram-se tímidos na hora de incomodar o gol de Miguel Pinto.
Encontrando um adversário fechado, a Universidad buscou as jogadas pelas pontas e deu um baita trabalho para Bolívar e, principalmente, Marcelo Cordeiro. Dentro de campo, o substituto de Kléber exacerbou todo o nervosismo do Internacional e se estranhou várias vezes com jogadores adversários.
Melhor dentro de campo, a Universidad do Chile abriu o placar na primeira finalização certeira da partida. Em cruzamento de falta pela intermediária aos 37 minutos, o grandalhão Juan Olivera, completamente livre, aproveitou a falha de marcação dos gaúchos e tocou de cabeça no canto direito, em uma bola indefensável para Lauro. O tento deixou os donos da casa ainda mais próximos da classificação.
O susto do gol chileno fez bem ao Internacional. Aos 43 minutos, Alecsandro desviou de cabeça e deixou Andrezinho livre na intermediária. O meia arrancou com liberdade e tocou com categoria por cima do goleiro Miguel Pinto. Para infelicidade dos comandados de Tite, a bola bateu caprichosamente no travessão, no último lance de perigo do primeiro tempo de jogo.
Tite promoveu duas alterações no intervalo para mudar o panorama da partida. Primeiramente poupados, Kléber e Taison entraram em campo nos lugares de Marcelo Cordeiro e Marquinhos, os jogadores que mais sentiram a pressão da torcida chilena. Entretanto, os chilenos comandaram as primeiras ações da segunda etapa, especialmente com as jogadas pela ponta direita.
Devido à necessidade do confronto, o Inter cresceu na parte final do jogo e ensaiou uma pressão contra a Universidad. Taison deu uma maior mobilidade ao ataque brasileiro, mas Alecsandro, apagado durante todo o jogo, não conseguia superar a força dos zagueiros chilenos. Apesar da pressão nos minutos finais, o Colorado deixou em Santiago o sonho de conquistar o bicampeonato da Copa Sul-americana.