Invicta, a seleção brasileira de basquete feminino disputa o ouro com a Argentina, neste domingo, na 6ª Copa América de Basquete Feminino, no Ginásio Aecim Tocantins em Cuiabá. Com a vitória sobre Cuba (79 x 59), ontem, a equipe do garantiu uma vaga no Mundial de Basquete, a ser sediado pela República Tcheca em 2010. As argentinas derrotaram o Canadá por 63 a 53 na segunda semifinal da noite deste sábado.
Esta foi a segunda derrota das cubanas no torneio (antes perderam para Argentina por 85 a 81 na sexta-feira à noite) e com isso, apenas disputam o bronze neste último dia de jogos na Capital mato-grossense. Helen foi a cestinha do jogo do Brasil contra as cubanas, com 24 pontos, 18 dos quais nas seis de oito tentativas do lance de 3 pontos.
Um dos jogos mais esperados, a disputa da semifinal entre Brasil e Cuba não desanimou o público que lotou o ginásio, com 9.270 torcedores. Aqueles que esperavam que o time brasileiro fosse fazer uma partida igual a que teve contra a República Dominicana, de muitas falhas, se surpreenderam. O técnico da equipe brasileira, Paulo Bassul, revelou que ao se preparem para o jogo deste sábado colocaram como meta: neutralizar as arremessadoras de 3 pontos de Cuba.
“Que são várias, muito boas. A número 8, Soria, a 9, Yamara, e a 15, Cosanas. São três jogadoras de altíssimo nível. Essa foi a diferença: nossa equipe converteu nove bolas de 3 pontos, 27 pontos que não marcaram”, acrescentou Bassul. Nos quatro tempos, as meninas de Cuba emplacaram apenas uma bola dos únicos três lances. Os três pontos foram marcados pela jogadora camisa 7, Gonzalez.
Mas o jogo teve muitos momentos de disputa acirrada. O Brasil fechou o primeiro quarto com placar de 36×30, com o primeiro tempo do período em 21×13 num jogo bem disputadissimo, com muitas cobranças de faltas e alguns arremessos errados.Em menos de quatro minutos de jogo, a Seleção Cubana obteve uma vantagem de oito pontos sobre a adversária. O time brasileiro conseguiu virar o placar com uma cesta de 3 pontos de Helen. A partir daí, as meninas do Brasil passaram a segurar a disputa.
Helen, camisa 5, foi a cestinha da partida com 24 pontos marcado e teve o maior (75%) rendimento de lances de 3 pontos. Dos 8 arremessos, a jogadora acertou 6. Para o treinador do time, a performace da camisa 5 da seleção, lúcida e tranqüila, contou muito para o espírito de equipe e “isso foi passado para a e equipe”, completou Bassul.
A vantagem de 8 pontos de Cuba sobre o Brasil no primeiro período foi apontado como uma das falhas da equipe no jogo, porém, comentou o técnico, não foi motivo para mexer no time. “O Brasil suportou bem a reação, acertando uma parte do nosso plano e errando outra”, disse analisando ainda que estão em fase de transição, que têm conversado muito com as meninas. “Amistoso é o momento de se preparar as meninas, testar a equipe”, argumentando ao justificar a ausência de trocas neste jogo.
O placar do terceiro quarto (63 x 46) foi definido aos 7 minutos de jogo, quando a equipe do Brasil abriu vantagem de quase 20 pontos sobre as cubanas. Partida que começou com arremessos errados e aos 5 minutos, as meninas começaram a deslanchar as jogadas. Na análise de Bassul, Cuba está com um time mais baixo que o habitual, “inclusive perdeu ontem para a Argentina por números de rebotes. A Argentina é um time pequeno”, completou ao dizer que esperava um número de rebotes maiores no jogo desta noite.
No jogo contra a Argentina na disputa do ouro, o plano da Seleção Brasileira é manter o equilíbrio e a mesma tática. Fran, camisa 14 do time brasileiro, revelou que a “equipe deixou as cubanas impor seu no ritmo de jogo em quadra e só aí a equipe do Brasil impôs a sua defesa”. Agora a expectativa é para a disputa do Mundial que, lembrou a jogadora, representa tudo para o time, um time de jogadoras novas, e especialmente para ela.