Assim como no desafio de estratégias para Cuiabá ser cidade-sede na Copa do Mundo Fifa Brasil 2014, o governador Blairo Maggi lançou nova meta antes da realização do evento. Diz que Cuiabá e o Estado estarão prontos para a Copa das Confederações em 2013, torneio intercontinental da organização que precede em um ano a Copa do Mundo de Futebol.
"Em 2013, Mato Grosso se candidatará e estará pronto para receber a Copa das Confederações", propôs. Ele já antecipou e frisou que não há acordo nenhum com a Fifa, e que para chegar ao novo desafio, as obras em Cuiabá "têm que estar prontas em 2012, porque as cidades que estiverem prontas terão condição de participar (em 2013)".
E para iniciar a caminhada, uma outra meta é a nova arena multiuso do Verdão. "Primeiro passo é que não podemos perder de foco e prazo é o estádio", comenta sobre cronograma de licitação da obra para final de dezembro e início de construção em fevereiro.
E no caminho até 2014, informa Maggi, o Estado vai continuar a agir com ações "junto com empresários, políticos e o povo" para fazer a melhor Copa do Mundo. Duas das próximas três agendas de trabalho sobre o tema são nesta terça-feira: a apresentação do projeto da Agência da Copa a deputados, às 9 horas e a discussão sobre estrutura do aeroporto. A terceira reunião é na semana que vem com o governo federal para discutir projetos de mobilidade urbana.
As informações foram repassadas a jornalistas após ele receber a Medalha Benemérito Patrono da Copa 2014 e o governador Silval Barbosa e mais cinco secretários receberem também a honraria, uma iniciativa do presidente da Câmara de Cuiabá, Delcimar Silva e de uma comissão de vereadores liderados pelo vereador Francisco Vuolo. A fala de Maggi também procurou rebater "boatos" sobre Cuiabá ficar fora do mundial da Fifa.
"O governo trabalha como ovo estralado, de dentro para fora, com ação e recursos", exemplificou. "As condições mínimas para realizar a Copa o governo do Estado já tem, com recursos este ano e no ano que vem. As críticas só nos fazem trabalhar mais", rebate. "Vamos dar exemplo e estar organizados e estar prontos na hora combinada", responde sobre cadernos de encargos e prazos para a Copa estabelecidos pela Fifa.
A costura ideal para obter resultados, ressaltou Maggi é a formatação de uma estrutura própria para tocar projetos, arrecadar recursos, controlar e fiscalizar obras para a Copa 2014, como a agência que propõe.
A instituição terá cerca de 80 cargos e mesmos os secretários de Estado e indicados da Assembleia Legislativa, da Prefeitura de Cuiabá e de instituições federais cotados para assumir a diretoria terão que abrir mão de filiação partidária e projeto político para 2010 e 2012. A agência vai funcionar no antigo Moitará, no bairro Duque de Caxias, que foi cedido pelo Sebrae-MT ao governo.
"Não entramos com pé falso para disputar. Meu mandato termina no ano que vem, mas tudo será feito, planejado e previsto para o governador que vai me suceder ter obras e a melhor Copa do Mundo", calculou. "Esse caminho é que deveremos perseguir para fazer a melhor Copa. Com trabalho, determinação, sem briga política e nem puxar para lá ou para cá", avisou sobre não intervenção eleitoreira ou política partidária com o assunto Copa do Mundo.
O secretário Yuri destacou que, em que pese, as dificuldades, o governo estadual e "Cuiabá vem cumprindo rigorosamente todos os requerimentos da Fifa e prazos".
Em seu agradecimento pela medalha recebida da Câmara de Cuiabá pelo esforço para trazer a Copa para cidade, o governador Blairo Maggi ainda relatou nesta segunda-feira o "trabalho de inteligência" colocado em prática por todos.
"Aí não foi só Blairo Maggi pessoa a importante. Teve pessoas que não podem ser citadas, mas reconheceremos na hora certa", diz. "Teve trabalho de inteligência, como quem conhece fulano", relata. Ele também agradeceu o apoio recebido pelo secretário Executivo do Ministério das Cidades e do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), respectivamente, os mato-grossenses Rodrigo Figueiredo e Gilmar Mendes.
Lembrou mais uma vez a atenção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. E disse que lá em 2007, quando o Brasil foi escolhido pela Fifa na Suíça para ser a sede da Copa do Mundo de 2014, ficou decidido que uma das cidades seria na região do Pantanal, como oportunidade de mostrar para o mundo que o Brasil "não é só Rio de Janeiro, São Paulo e adjacência, mas o Brasil do interior, aquele em que vivemos".