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Comitiva atesta na prática desafios para realizar Copa do Mundo

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A Copa do Mundo dura apenas 30 dias, mas o legado trazido para o Estado de Mato Grosso, através do evento esportivo, se perpetuará pelos anos futuros. “São obras destinadas à população em infraestrutura e habitação; é o incentivo à prática de esportes; à valorização do turismo, investimentos no Estado”, ressaltou o secretário de Estado de Infraestrutura, Vilceu Marcheti, que compôs a comitiva de Governo, e que retornou da viagem de trabalho à África do Sul, país sede da Copa do Mundo Fifa 2010, entusiasmado com o que viu e disposto a aproveitar ao máximo as experiências trazidas de lá.

A comitiva esteve em Joanesburgo, onde visitou os estádios Soccer City, com capacidade para 92 mil pessoas, palco da abertura e encerramento da Copa em 2010, e o Ellis Park, mesmo estádio que a seleção brasileira disputou a final da Copa das Confederações em junho desse ano, quando ganhou por 3 x 2 dos EUA, e Petrória, outra cidade-sede.

Joanesburgo é uma das três capitais administrativas da África do Sul e faz parte da maior província do país, a de Gauteng, o equivalente a Estado no Brasil, pequena em extensão territorial se comparada às outras províncias, e grande em termos populacionais, pois a região representa o maior poder econômico do país. Os seis municípios que compõem a província de 17.000 km² somam 13 milhões de pessoas, 8 milhões só em Joanesburgo e outros 2 milhões em Pretória.

Marcheti comparou Joanesburgo, única cidade que sediará dois grupos durante a copa, com São Paulo e disse o quanto seria importante visitar uma das outras sete cidades-sede da Copa na África do Sul, uma com características mais compatíveis e semelhantes com as da capital mato-grossense. “Lá o centro de treinamento é para 25 mil pessoas, aqui não temos essa necessidade. Um bom campo, arquibancada com cinco mil lugares, vestiários e cabine de imprensa bastam”.

INFRAESTRUTURA

O secretário Adjunto de Obras Públicas da Sinfra, Jean Martins, também integrou a comitiva à Àfrica do Sul nas visitas a Joanesburgo e Petrória. No que diz respeito às obras de infraestrutura ele se mostrou surpreso ao deparar-se com uma estrutura bem além do que havia imaginado. “A preocupação com a estética é grande, as cidades são muito limpas e até certo ponto organizadas. As obras são bem feitas, a arquitetura é ousada, de boa qualidade e aparenta uma equiparação de valores com o mercado brasileiro”.

Martins lembrou que a África do Sul já pleiteava sediar a Copa do Mundo há alguns anos e que o país fora candidato a sede da Copa de 2006, que acabou realizada na Alemanha e, por isso, a Província de Gauteng já possuía um programa de desenvolvimento proposto para ser implantado em 20 anos. Ele citou o aeroporto como uma dessas obras, que tem sido preparado há 10 anos.

O secretário Adjunto chegou a comparar o programa sul-africano com o MT+20, um plano de planejamento estratégico de longo prazo do governo do Estado proposto para um período de 20 anos desde seu lançamento em 2005.

Entre os acertos do país sede da Copa de 2010, Martins apontou a reurbanização de áreas como guetos e favelas, a aparente qualidade das praças esportivas e as vias estruturantes de trânsito. Já com relação aos erros, apontou a demora na tratativa do transporte público de massas. Segundo o secretário adjunto, até recentemente não havia transporte coletivo na região, todos se serviam de seus automóveis ou táxi, o que gerou enormes engarrafamentos; burocracias e problemas com licitações das obras e alterações de projetos.

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