Na reestreia do técnico Antônio Lopes, o Atlético-PR surpreendeu o Cruzeiro no Mineirão e conseguiu um importantíssima vitória por 2 a 0. O resultado tira o Furacão da zona de rebaixamento, pois o time vai a 18 pontos com a segunda vitória seguida. A Raposa fica com 17 e, mesmo tendo um jogo a menos, passa a ficar em situação preocupante.
Foi um jogo com três expulsões – duas do Cruzeiro e uma do Atlético-PR. A vitória paranaense aconteceu não só pela superioridade numérica, mas pela eficiência da equipe, sobretudo na marcação. Os gols foram marcados por Marcinho e Gabriel.
No domingo, é a vez de o Cruzeiro ir ao Paraná. O adversário será o Coritiba. Já o Atlético-PR volta a campo no sábado, mais uma vez fora de casa, contra o Botafogo.
O jogo: O Atlético-PR começou o jogo balançando as redes, mas não pôde comemorar. Aos dois minutos, Paulo Baier bateu falta, Fábio rebateu e Rhodolfo marcou. No entanto, o jogador rubro-negro estava impedido e o gol foi anulado.
Dono da casa, o Cruzeiro foi, aos poucos, tomando conta das ações. O time mineiro tinha o domínio territorial da partida e tentava envolver o Furacão. Aos 17 minutos, Bruno Costa fez falta em Henrique, levou o segundo cartão amarelo e deixou a equipe visitante com dez em campo.
Virou um jogo de ataque contra defesa. O Atlético-PR se trancou – e bem – em sua área. O Cruzeiro rodava a bola de um lado para o outro, mas faltava velocidade e criatividade e as chances não surgiam. Os jogadores tentavam bater de longa distância, mas a pontaria não ajudava.
Quem atrapalhou mais ainda o Cruzeiro foi o armador Bernardo. Aos 43 minutos, quando ele já tinha cartão amarelo, fez falta feia no zagueiro Rhodolfo, no campo de ataque, e foi expulso.
No segundo tempo, com dez contra dez, a equipe paranaense percebeu que poderia sair para buscar o jogo. Logo aos três minutos, Paulo Baier fez jogada pela direita e cruzou rasante para Marcinho, que entrou de carrinho e marcou o primeiro gol da partida.
O Cruzeiro foi obrigado a partir com tudo para cima e finalmente começou a criar chances. Primeiro, Fabrício lançou pelo meio e Wellington Paulista chutou de canhota para boa defesa de Galatto, com os pés. Os mesmos personagens criaram outra oportunidade ainda melhor. Fabrício cruzou da esquerda, Wellington Paulista chutou de primeira, Galatto fez excelente defesa e, no rebote, Soares, encobriu o gol.
A reação celeste começou a ser freada aos 24 minutos. Kléber, principal atacante do time, deu um carrinho em Manoel para matar um contra-ataque, recebeu o segundo cartão amarelo e deixou o time com nove em campo. Vale ressaltar que ele tinha sido advertido num lance ridículo, em que levou a mão à bola na tentativa de finalizar, mas não passou nem perto de enganar o árbitro – nem de fazer o gol.
Ruim com ele, pior sem ele. A ausência do Gladiador defasou e muito o poderio ofensivo do Cruzeiro. Para o time visitante, ficava mais fácil roubar a bola e partir no contra-ataque. No último deles, já aos 42 minutos, Gabriel avançou, invadiu a área, cortou Marquinhos Paraná e bateu cruzado para fazer o gol que fechou a vitória rubro-negra.