O domingo foi uma repetição do Grêmio no Olímpico durante todo o ano de 2009. Invicto em casa, o Tricolor venceu o Cruzeiro por 3 a 1, pela 16ª rodada do Campeonato Brasileiro. Porém, o resultado veio com um grande número de oportunidades perdidas, a tônica do durante a temporada.
Após massacrar o adversário, que tinha um jogador a menos desde os 17 minutos do primeiro tempo, o Grêmio saiu atrás no placar, com gol de pênalti de Wellington Paulista. Ainda errando bastante na finalização, o Tricolor conseguiu virar na segunda etapa, quando o adversário estava com dois homens a menos, com Réver, Tcheco e Jonas. A vitória dá ao clube gaúcho a melhor campanha como mandante, com 85,2% de aproveitamento.
Os três pontos dão ao Grêmio a oportunidade de entrar no G-4 na rodada do meio de semana. Para isso será preciso vencer o líder Palmeiras, fora de casa, na quinta-feira. Atualmente os gaúchos ocupam a sexta colocação, com 24 pontos. Já o Cruzeiro é o 15º, com 17 pontos, dois a mais que o Atlético-PR, o primeiro na zona de rebaixamento. Para se afastar dos rebaixados, os mineiros precisam vencer o próprio Furacão, no Mineirão, na quarta-feira.
O jogo – Sem poder contar com o meia Wagner, Adilson Batista optou por montar o meio-campo do Cruzeiro com quatro volantes. A medida servia para liberar o lateral Jonathan. Com ninguém querendo se expor, os primeiros minutos foram de cautela, sem nenhuma emoção. O melhor lance das primeiras movimentações ocorre fora das quatro linhas. A chuva que caiu durante toda a madrugada em Porto Alegre fez uma gandula como a primeira vitima do jogo. Ao tentar repor a bola com velocidade, ela escorregou e foi ao chão, levando o torcedor a rir nas arquibancadas do Olímpico.
Em campo a situação era mais séria. Os dois times seguiam se estudando, mas sem conseguirem aprender a furar a defesa adversária. Aos 17 minutos, a matemática da partida mudou. Após receber o segundo cartão amarelo acabou sendo expulso. Para compensar a perda de um jogador de defesa, Adilson deslocou Marquinhos Paraná para ocupar a lateral.
Com vantagem numérica, o Grêmio passou a empilhar oportunidades para marcar. Jonas teve duas. Na primeira bateu para fora. Na segunda, adiantou demais, permitindo o goleiro Fábio abafar o lance. Aos 28 minutos, Paulo Autuori arriscou, sacando Willian Thiego e colocando o meia Douglas Costa. Diante de um adversário cada vez mais ofensivo, o time mineiro passou a atuar com três zagueiros, com Fabinho se posicionando ao lado de Leonardo Silva e Thiago Heleno.
Da entrada de Douglas até os 38 minutos, só o Tricolor parecia capaz de ir às redes. Entretanto a história se repetiu. O Grêmio desperdiçou uma a uma as oportunidades criadas na primeira etapa. Prendendo bem a bola e articulando as jogadas, Tcheco conseguiu bater da entrada da área, mas a bola passou por cima do gol. Aos 35, foram três chances seguidas. Túlio bateu em cima da defesa. No escanteio, Jonas acertou a trave e Fábio Santos arrematou para Fábio espalmar.
Só que os donos da casa deixaram o visitante respirar. Aos 38 minutos, Wellington Paulista subiu para cabecear e foi deslocado no ar por Tcheco. Na cobrança de pênalti, Wellington abriu o placar.
O Grêmio voltou disposto a manter a sua invencibilidade de quase um ano em casa. Logo no primeiro minuto, as oportunidades começaram a ser construídas. Fábio voltaria a brilhar em cabeçada de Réver. As chances do Cruzeiro segurar o resultado terminaram aos 5 minutos, quando Thiago Ribeiro acertou o volante Túlio com o cotovelo e foi expulso. Com dois homens a menos, se tornou impossível segurar a vantagem mínima.
Apesar dos erros na finalização, os gremistas acharam o mapa que leva até o gol. O primeiro saiu em escanteio, após a cobrança, Réver subiu mais alto que todos e testou para empatar, aos 13 minutos. Seis minutos depois, foi a vez de Tcheco, que impedido, recebeu dentro da área e deu um tapa na bola tirando do goleiro.
O jogador que havia reclamado que nas derrotas a culpa era sempre dele e nas vitórias a torcida aplaudia o "bonitinho" do time, dando a entender que era Maxi Lopéz, teve seu nome aclamado pelos torcedores.
Fábio fazia o que podia. Por duas vezes, salvou em fortes chutes de Maxi López. Porém, não evitou o gol de Jonas, que cabeceou livre na área, após cruzamento de Jadilson, aos 30 minutos. Maxi ainda achou tempo de marcar o seu, após fintar um defensor e vencer Fábio.