O secretário Estadual de Esportes e Lazer, Baiano Filho, afirmou ontem que questão política não terá interferência em todo o processo de construção de Cuiabá como uma das 12 sedes brasileiras à Copa do Mundo de 2014. Ele ressaltou que, mesmo que o governador Blairo Maggi (PR) e o prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), não vão estar a frente do Estado e município, respectivamente, a partir de 2010, nada irá atrapalhar a condução dos trabalhos a serem realizados pelo poder público.
Baiano revelou que o governo do Estado tem a intenção de criar uma espécie de autarquia para administrar tudo relacionado ao Mundial de 2014. Eufórico, o secretário disse que todos os projetos apresentados à Fifa para a escolha das sedes vão ser revistos e refeitos pelo Comitê Organizador da CBF.
"Vamos rever todos os projetos. Neste momento é preciso quantificar o pré-projeto do Verdão. Só depois disso será aberto o processo licitatório das obras", frisou.
O objetivo inicial é ainda este ano começar a construção de uma arena para receber os jogos do Mundial de 2014. A obra, hoje orçada em R$ 350 milhões, será onde está o estádio governador José Fragelli, o Verdão, que será demolido para uma nova construção.
Da atual estrutura, só será poupado toda a área da dimensão que forma o gramado do Verdão. O local abrigará 48 mil pessoas.
De acordo com Baiano Filho, Mato Grosso tem pouco mais de três anos para construir o novo estádio. A perspectiva é que até 2013 o novo Verdão esteja de pé para que Cuiabá seja também uma sede da Copa das Confederações, torneio este realizado com um ano de antecedência à Copa do Mundo de 2014.
A seriedade com que o Estado tocou todo projeto, prossegue o secetário de Esportes e Lazer, acabou pesando na escolha de Cuiabá como sede em detrimento a Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. "Trabalhamos do início ao fim quando se falava que a Copa de 2014 seria no Brasil. Levamos muito a sério a nossa candidatura", disse.
Hoje, o presidente da FMF Carlos Orione estará participando de uma reunião com arquitetos e engenheiros no "Museu do Futebol", localizado no estádio do Pacaembu, em São Paulo.