No Brasil, o “Abril Vermelho” é conhecido pelas invasões de terras realizadas pelo MST. No futebol, o “Abril Vermelho” será denominado como o mês do Inter. Nesta quarta-feira, os colorados fizeram mais uma vitima no Beira-Rio. O Guarani foi mais um adversário a sucumbir diante do time de Tite. A vitória por 5 a 0 garantiu aos gaúchos o avanço de fase na Copa do Brasil.
No abril da bola, o Inter é 100%. São seis partidas com seis vitórias, no mês em que o clube celebrou seus 100 anos de vida. Em meio a tudo isso, há um título gaúcho e a permanência na Copa do Brasil, o principal torneio do primeiro semestre.
Pela primeira vez, os colorados se impuseram no torneio nacional. Após uma passagem dramática sobre o União de Rondonópolis, na primeira fase, e um desempenho pouco animador no primeiro duelo diante do Guarani, o Inter manteve a sua fome de gols no quarto mês do ano, são 24 gols, uma média de quatro por jogo.
Mesmo sem poder contar com Nilmar, poupado devido a um inchaço no tornozelo, o Inter se alimentou de muitos gols. Dois deles saíram da cabeça de Alecsandro, o substituto do camisa 9. Os outros três foram marcados por Taison, Índio e Bolívar.
Agora, o Inter espera a definição de seu adversário. Ele sairá do confronto entre Náutico e Criciúma, que se encontram nesta quinta-feira, em Recife. Na primeira partida ocorreu empate por 2 a 2. O jogo de ida no confronto de ida das oitavas-de-final ocorrerá em 9 de abril. O mandante do primeiro embate será definido em sorteio. Ao Guarani resta se preparar para a disputa da Série B, que inicia em maio.
O jogo – O Inter demorou 2 minutos para realizar a primeira sequência de toques rápidos e envolventes. Essa é a cara da equipe nos últimos jogos. O primeiro gol não tardou muito a sair. Aos 7, Kléber cobrou falta, Alecsandro desviou a bola, e Índio chutou para dentro do gol. Na comemoração, os jogadores fizeram uma roda em torno do zagueiro como se fizessem a “dança do gol”. O camisa 3 chegou aos 25 gols com a camisa colorada, um a menos que a lenda Figueroa e está a três de André Luís, defensor que mais balançou as redes pelo clube.
Os donos da casa, mais uma vez, não faziam força para criarem situações importantes. A estratégia montada por Vadão não surtiu efeito. Kléber tinha liberdade pela esquerda, assim como Magrão, Guiñazu e Sandro, pelo meio. O Bugre corria desesperadamente atrás da bola.
O segundo gol saiu após grande lance individual de D’Alessandro. Ao lado da área, o argentino fintou o adversário, tapeando a bola até a cabeça de Alecsandro, que ampliou. Com 16 minutos, o vitorioso da noite estava definido.
Com a vantagem assegurada e a classificação de baixo do braço, o time de Tite relaxou um pouco, baixou o ritmo. O Guarani tentou se aproveitar do descuido, chegando a finalizar quatro vezes em um período de oito minutos. Os dois chutes mais perigosos saíram dos pés do meia Chiquinho, exigindo boas defesas de Lauro. Para se lembrar de quem mandava na partida, o Colorado chegou ao terceiro gol. Taison recebeu pela esquerda, cortou para dentro e disparou a bomba, que contou com a falha do goleiro Douglas. Com tudo posto em seu lugar, era esperar o fim da primeira etapa e o início da segunda.
O Inter saiu do vestiário sem Kléber, com dores musculares, que cedeu espaço para Marcelo Cordeiro. O lateral entrou com o pé na forma. Aos 6 minutos, ele cruzou na testa de Alecsandro, que de novo, pelo alto marcou.
Os comandados de Tite novamente aliviaram o pé. Dessa vez sem dar oportunidades ao oponente. Mas o time tem o que o treinador tanto gosta: a efetividade. Em uma rápida escapada pela direita, D’Alessandro levantou na área para Bolívar guardar o seu gol. Era o 5 a 0. É o Abril Vermelho, o vermelho do Inter.