O Cruzeiro venceu o Deportivo Quito por 2 a 0, no Mineirão, e garantiu a primeira colocação do Grupo 5 da Copa Libertadores da América. Com 13 pontos e saldo de quatro gols, a Raposa aguarda pelo fim da fase de grupos para conhecer sua colocação geral e o adversário das oitavas de final. Com isto, o time atinge o objetivo de fazer a segunda partida em casa.
Com a missão internacional cumprida por ora, o clube pode concentrar suas atenções na final do Campeonato Mineiro contra o arquirrival Atlético, disputa que começa neste domingo.
O horário de 19h30 acumulou o trânsito normal de Belo Horizonte com o que foi causado pela partida. Por isto, muitos torcedores chegaram atrasados ao Mineirão. A equipe equatoriana também teve seus contratempos. A delegação chegou ao estádio menos de meia hora antes do jogo, que, por isto, começou sete minutos atrasado.
Desde o início da partida, o time visitante se postou inteiro no campo de defesa, embora precisasse da vitória para passar de fase. O Cruzeiro mostrava paciência, tocando a bola de lado a lado, não dando espaços para o contra-ataque. Pelo contrário, a Raposa teve sua primeira chance justamente numa ligação rápida da defesa com o ataque. Kléber avançou pela direita e levantou a bola na área. Ela foi direto para o gol, surpreendendo o goleiro, e tocou no travessão.
O lance inflamou a torcida, aumentando a pressão no Mineirão. O gol não tardou a sair. Aos 14 minutos, Wagner cobrou escanteio da esquerda, Leonardo Silva escorou para o meio da pequena área, de onde Léo Fortunato, livre, balançou as redes.
A pressão não parou com o gol. O segundo tento quase saiu aos 18 minutos, quando Wagner recebeu passe por elevação e saiu na cara do gol, mas o árbitro Emigdio Ruiz marcou impedimento equivocadamente. No lance seguinte, Wellington Paulista bateu forte após confusão na área e a bola passou raspando o travessão.
Aos 26 minutos, o Cruzeiro ampliou o marcador. Ramires fez jogada pela direita e cruzou a meia altura. A zaga afastou errado, Wagner dominou na meia lua e chutou com força. A bola explodiu no travessão, voltou nas costas do goleiro García e morreu no fundo das redes.
Com 2 a 0 no placar, a equipe mineira diminuiu um pouco o ritmo. O domínio da partida ainda era celeste, mas, finalmente, o Deportivo Quito passou a demonstrar algum poder de ataque. Num lance de bola parada, Caicedo subiu na cara do gol, com Fábio mal posicionado, mas a cabeçada saiu torta.
O clima morno do fim do primeiro tempo mudou completamente quando os times voltaram para a etapa final. O Cruzeiro parecia disposto a ampliar o saldo de gols e teve duas chances ainda no primeiro minuto. Primeiro, Jonathan entrou pela direita e chutou a bola na trave. Em outro lance, Wagner cruzou da esquerda e Wellington Paulista, se embolou na hora de finalizar.
No minuto seguinte, Fabrício e Mauricio Donoso se desentenderam numa disputa de bola e os dois foram para o chuveiro mais cedo. O lance deixou o jogo mais tenso e a torcida cruzeirense passou a provocar o time visitante aos gritos de ‘olé’.
Aos dez minutos, o Deportivo Quito balançou as redes, mas de forma completamente desonesta. Após cobrança de falta, Oswaldo Minda desviou a bola com a mão e marcou. O assistente Emigdio Ruiz indicou a irregularidade e, após muita reclamação, o árbitro Carlos Amarilla mostrou o cartão amarelo e, como o jogador já tinha um, restaram nove jogadores da equipe equatoriana em campo.
Se a partida já estava nas mãos do Cruzeiro, a vantagem numérica acabou com qualquer possibilidade de vitória dos visitantes. Sobravam espaços para que os celestes criassem jogadas. A defesa equatoriana ainda ajudava em algumas oportunidades. Numa delas, Isaac Mina dimensionou mal um recuo de bola e praticamente lançou Thiago Ribeiro. O atacante chegou inteiro na bola e bateu cruzado, com força, acertando a trave.
O Cruzeiro continuava atacando e perdendo gols. Pouco depois, após uma bola dividida na área, a bola sobrou para Bernardo na cara do gol, mas o jovem meia teve problemas para dominar e foi abafado pelo goleiro. O Deportivo Quito também beliscou a trave celeste. Num dos raros ataques, Checa cabeceou bom um cruzamento da esquerda e carimbou o travessão.
As traves do Mineirão sofreram. Aos 40 minutos, Bernardo cobrou falta frontal e a bola tocou no travessão antes de sair em tiro de meta. No minuto seguinte, Kléber avançou pela esquerda e bateu cruzado, rasteiro, vendo a bola pegar no pé da trave.