O presidente do Sinop Futebol Clube, Altair Cavaglieri, afirmou ontem que irá pedir intervenção no Tribunal de Justiça Desportiva (TJD) da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF). Indignado com o resultado final dos recursos julgados contra Mixto e Operário, ambos acusados de irregularidades e absolvidos em segunda instância, ele prometeu protocolar ainda no dia de ontem no Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), no Rio de Janeiro, pedido providências contra alguns membros do tribunal local.
Além disso, o clube, que acabou sendo rebaixado à Segunda Divisão ao lado do Tangará, irá recorrer da decisão que colocou o Alvinegro da Vargas na segunda fase do Campeonato Estadual. No documento, Altair Cavaglieri pede ainda o cancelamento do jogo do Mixto e Crac, partida esta marcada para o próximo domingo, na cidade de Campo Verde, até que o STJD dê um parecer sobre o caso.
“O que está ocorrendo no futebol de Mato Grosso é um absurdo. Alguns membros do TJD estão julgando os casos à base da emoção e têm deixado de lado a legislação desportiva, infelizmente. Diante disso, estou recorrendo ao STJD, já que não dá para confiar no parecer de algumas pessoas desse tribunal. Não quero generalizar, pois lá (TJD) tem ótimos juristas”, disse Cavaglieri.
A irritação da diretoria sinopense aumentou após ver o processo do Palmeiras contra o Operário ser arquivado. O procurador do recurso, Ildo de Assis Macedo, decidiu pelo arquivamento por achar que o caso tricolor é idêntico ao que absolveu e colocou o Mixto na segunda fase do Estadual.
Com isso, em vez de ser rebaixado à Segunda Divisão, o time de Várzea Grande permanece na Primeira Divisão com 17 pontos ganhos. Já o Sinop, com 14, cai de divisão ao lado do Tangará, que somou na primeira fase apenas 12 pontos.
Altair Cavaglieri afirmou que independente do resultado do recurso no STJD, o Sinop disputará a Segunda Divisão deste ano. “Com ou sem rebaixamento iremos disputar a Segundona. Quero mostrar a alguns clubes que não é indigno disputar esta competição, que é importante para o futebol de Mato Grosso. O que não pode ocorrer são as distorções que aconteceram no Tribunal de Justiça Desportiva”, disse.