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Justiça manda Federação de Vôlei em MT fazer novas eleições

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Um ano depois a Justiça determinou a anulação dos atos da diretoria da Federação Mato-grossense de Voleibol (FMTV), a revogação dos estatutos que foram alterados, a readmissão das equipes da AABB e Associação Afirmativo e realização de uma nova eleição da entidade.

A decisão foi tomada pela Juíza Edleuza Zorgeti Monteiro da Silva, no dia 26 de março e reabre a polêmica iniciada a alguns anos, quando a entidade, então presidida por Gélson Menegatti, passou a receber fortes críticas de grupos de oposição, técnicos e até atletas.

“A Federação, desde que esse pessoal assumiu, só faz eventos voltados para competições de alto rendimento, isso acabou com o voleibol de Mato Grosso, que precisa ter a valorização do trabalho de base”, disparou José Humberto carvalho, desportista e ex-presidente da Associação Atlética Banco do Brasil.

Durante anos a AABB Cuiabá investiu pesado na formação de novos atletas, em várias categorias e disputava todos os campeonatos da Federação; no entanto, desde que passou a criticar as gestões Menegatti/Lopes, foi desde então vista como “inimiga” da federação, chegando ao ponto de ter sido excluída, desfiliada por Nicanor Lopes. O mesmo aconteceu com a Associação Afirmativo. Arquirival da AABB, o time do técnico Paulo Afonso também foi punido com a exclusão. Tudo porque, segundo apurou A Gazeta, a gestão Menegatti/Lopes, tentava se perpetuar na FMTV e via em Paulo Afonso um forte concorrente.

Paulo Afonso denúncia o que chama de” várias falcatruas” cometidas pela dupla, que está na entidade desde 1996 . “Eles chegaram ao cúmulo de colocar nos novos estatutos, que foram alterados para não concorrermos a eleição, que só poderiam se candidatar a presidência da federação, pessoas que já tivessem sido eleitas duas vezes. Puxa vida, assim, só eles (Nicanor e Gélson) seriam presidentes. A Justiça percebeu essa armação e graças a Deus determinou a anulação desse estatuto, e uma nova eleição. Estamos aguardando”, disse Paulo Afonso.

A polêmica – Em abril de 2007 a Federação Mato-grossense de Vôlei elegeu Nicanor Lopes para a presidência da entidade. Na época, a chapa encabeçada pelo técnico Paulo Afonso, da Associação Afirmativo, foi impedida de disputar o pleito. Afirmativo e a AABB, que representavam a oposição à diretoria da época, terminaram desfiliadas da federação.

“Para serem eleitos, eles precisavam ter uma quantidade suficiente de votos. Não tiveram, não comunicaram os clubes sobre a data da eleição, que tinha de ser divulgada publicamente e ainda pior cima forjarma alguns votos. O pessoal de Tangará, por exemplo, nem sabia que tinham tido um falso representante na eleição”, denunciou Afonso.

Newto Fioreza, atual presidente da AABB, alerta o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá. “Temos ciência de que esses elementos tentam há tempos assumir um cargo público, como secretários de esportes do Estado e do município. As autoridades constituídas devem estar atentas. Pessoas que foram capazes de fazer isso para se elegerem na federação, o que não fariam com um cargo de primeiro escalão ?”, disse Fiorenza.

Revoltados com os procedimentos da entidade, mas, satisfeitos com a o veredicto da Justiça, os dirigentes devem ingressar nos próximos dias, com novas denúncias, agora no Ministério Público.

Procurado pela reportagem, o atual presidente da FMTV, Nicanor Lopes, disse que só vai se pronunciar após ser notificado pela Justiça, o que segundo ele, ainda não aconteceu – apesar de já ter conhecimento público da decisão judicial.

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