A notícia de que o governador Blairo Maggi desistiu de viajar para a Suíça, onde a Fifa anuncia dia 20 de março as cidades sedes da Copa do mundo de 2014, caiu como um balde de água fria sobre a cabeça do torcedor, a imprensa mato-grossense e principalmente o Comitê Pró Copa do Pantanal.
A informação de que o governador não deve mais acompanhar o anúncio na sede da Fifa, em Zurique, partiu do presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF) Carlos Orione. Preterido pelo Comitê Pró Copa do Pantanal, desde o início do processo, Orione sequer chegou a ser convidado pelo Governo para viajar com a propalada “comitiva”.
“Fui convidado pelo prefeito Wilson Santos. O governador não vai mais”, se limitou a dizer o presidente da FMF.
A reportagem de A Gazeta tentou ouvir o secretário de comunicação do Governo, José Carlos Dias, sem sucesso, para saber as causas da suposta desistência de Blairo Maggi.
A notícia da mudança de planos de Maggi leva os especialistas a crerem em duas hipóteses; a primeira, de que o Governo de Mato Grosso teria informações sobre a perda da sede para Campo Grande (MS); a segunda, de que, como já é tida como certa a escolha, Maggi teria preferido evitar confrontos com dirigentes do estado vizinho, na Suíça. Isso porque, há meses o publicitário Chico Santa Rita e o governador sul-mato-grossense, André Puccinelli, vem orquestrando uma campanha difamatória contra a candidatura mato-grossense.
Ao mesmo tempo em que o assunto preocupa o Comitê Pró Copa do Pantanal, uma notícia volta a dar esperanças aos estados pantaneiros. Apesar de sua opinião não ter qualquer peso na decisão da Fifa, o assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, declarou esta semana, em entrevista ao SporTV, que o Pantanal pode ter duas subsedes no Mundial de 2014: “O mundo deseja a Amazônia e o Pantanal”, afirmou Paiva.