Além do atraso salarial de um mês, segundo a diretoria, outros motivos levaram ao pedido de demissão de 6 jogadores do Mixto. O principal deles foi o enxugamento feito pelo próprio presidente Márcio Pardal, que decidiu cortar algumas "mordomias" dadas aos atletas anteriormente, com o aval da Afam, que viabilizava os recursos para o clube.
Esses cortes geraram um descontentamento no elenco. Depois dos fracassos nesta temporada, Pardal adotou uma política mais austera, cortando gastos, e fazendo uma adequação para a realidade regional. Um dos cortes, por exemplo, atingiu o ""auxílio moradia"". De acordo com informações de integrantes da própria diretoria alvinegra, ""cada jogador casado recebia mil reais a mais para esta finalidade"". Isso acabou e todos tiveram que morar na república do time, batizada de ""Casa do Atleta"".
Além disso, hotéis de luxo usados para concentrações e nas viagens também foram banidos. ""Tudo ficou mais simples, com menos dinheiro. O que é normal, afinal não estamos mais no Brasileiro e a Copa Mato Grosso é altamente deficitária"", diz o mesmo dirigente.
Athos
Na manhã de quinta-feira o meia Athos deixou Cuiabá. O jogador, anunciado antes da Série D pelo técnico Luiz Carlos Barbieri como sendo um atleta que faria ""diferença"", simplesmente não deixa saudades. Suas atuações foram todas muito abaixo da expectativa.
O treino da manhã também não contou com Zumbi, Parral e Zé Paulo.
Além destes quatro, também Sérgio Rafael e Amaral não querem mais continuar no clube e, por ordem do presidente Márcio Pardal, não jogarão mais a Copa Mato Grosso, ""nem se mudarem de idéia"".