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Ginásio de espotes em Cuiabá envergonha por má conservação

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Quem passa pela rua João Gomes Sobrinho, no bairro da Lixeira, em Cuiabá, e vê os meio fios pintados de cal, tem a impressão que tudo está um brinco, mas basta um olhar mais cuidadoso para se perceber que a realidade é bem outra. O ginásio esportivo Gustavo Cid da Cunha, da Lixeira, que ganhou o nome do bairro, é uma das várias praças esportivas de Cuiabá que está completamente abandonada, e apesar dos riscos a saúde que o local oferece, acredite: ainda há aulas de práticas esportivas no local.

A reportagem de A Gazeta visitou o ginásio na manhã de sexta-feira e lá encontrou um funcionário da Prefeitura de Cuiabá cumprindo sua carga horária: dava recreação: futsal para meia dúzia de meninos e meninas do bairro. A quadra de cimento, suja e empoeirada, serviu de moradia para desabrigados durante três longos anos e voltou a ser utilizado pela comunidade em 2010. Mas é preciso ter coragem e estômago para andar por ali.

Os banheiros, danificados e sem água, estão cheios de teias de aranha e os vasos sanitários acumulam fezes que espalham o mal cheiro por todo o prédio.

As salas, que antes guardavam materiais esportivos, como bolas, redes e colchões, viraram depósito de lixo. Não há faxineiros no local e percebe-se que há anos o local não é limpo.

O alambrado que protegia o público espectador foi arrancado e o que sobrou da tela, bem como algumas barras fixadas, estão enferrujadas.

Nos fundos do ginásio, uma quadra poliesportiva de cimento está abandonada e o mato do entorno serve de depósito de lixo.

"Os drogados usam este local dia e noite e a polícia fica ao lado e não faz nada", disse Maria do Socorro, moradora do bairro, indignada com a situação. Ela se refere a uma Companhia da Polícia Militar, erguida exatamente ao lado do ginásio.

A assessoria da secretaria de infra-estrutura informou que a responsabilidade pela manutenção do ginásio é da Secretaria de Esportes de Cuiabá.

 

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