Após a derrota de 3 a 1 para o América-AM em Manaus, domingo, o técnico mixtense Luiz Carlos Barbieri tenta minimizar os "estragos", afinal, para avançar na competição nacional e evitar que todo o projeto de ascensão à Série C não caiu por terra, o alvinegro precisará bater o time visitante por um placar de no mínimo dois gols de diferença. A derrota em Manaus, sofrido num campo de futebol "soçaite", de propriedade do Sesi, pôs fim a uma invencibilidade de 12 jogos do Alvinegro.
Após esse resultado, Barbieri preferiu enaltecer o que viu de "positivo" no time, em vez de buscar soluções práticas que explicassem o péssimo resultado. Comportamento como esse serve tanto para "diminuir" sua culpa como tentar se redimir de erros, bem como também para tentar manter o moral do grupo em alta.
Conforme reportagem da assessoria mixtense, o técnico definiu seus jogadores como "heróis" na partida de Manaus e também culpou a arbitragem da partida que abriu o mata-mata.
"Longe de casa, os jogadores sofreram todo o tipo de pressão por parte dos adversários. Com a arbitragem jogando contra, sem torcida, e com a torcida deles praticamente dentro do campo foi difícil manter o desempenho durante os dois tempos. Fomos humilhados de todas as formas possíveis", argumentou o treinador, como se esse tipo de comportamento não fosse comum em competições nacionais, ainda mais numa Quarta Divisão.
Outro ponto considerado decisivo pelo treinador para a derrota em Manaus foi a expulsão do lateral-direito Parral, antes dos 15 minutos do 1º tempo.
"Isso causou um desgaste ainda maior, já que precisávamos preencher o espaço deixado pelo Parral em campo. Mesmo assim, ainda conseguimos três chances a gol no segundo tempo. Os jogadores foram vibrantes e buscaram o resultado o tempo todo. Verdadeiros heróis em campo", acrescentou o treinador, sem sequer citar as falhas do sistema defensivo e os gols sofridos do "meio da rua".
Torcida – Para o jogo da volta domingo às 18h no Dutra -, Barbieri diz que a participação da torcida mixtense será fundamental e pediu a presença do torcedor. "Não vamos fazer guerra, como fizeram conosco lá. Mas vamos jogar limpo, com tranqüilidade. Temos 90 minutos para vencer esse jogo", afirmou, tentando demonstrar tranqüilidade e confiança.
Ainda segundo o treinador, "para os atletas a partida de volta seria hoje mesmo, tamanha a vontade de vencer que permeia o grupo. Eles estão muito motivados e vão fazer o possível e o impossível para conseguir o resultado".