Passada a fase de desconfiança da imprensa nacional – principalmente parte da crônica paulista -que criticou a escolha de Cuiabá como sede da Copa do Mundo de 2014, é hora de mostrar os resultados. Depois de ganhar vários prêmios internacionais pelo conceito de um projeto “verde”, a Arena Pantanal já arranca elogios e atrai a atenção da grande mídia, interessada não só no andamento da obra, a frente das demais cidades, mas com o futuro do estádio após o Mundial.
Diferente dos estádios sul-africanos, construídos apenas para o futebol, a Arena Multiuso, será, como o próprio nome já diz, uma arena para vários outros eventos. “Após a Copa a Arena poderá ser utilizada para exposições, feiras e todo o tipo de show”, lembra Carlos Brito, secretário de infra-estrutura da Agecopa – autarquia que representa o Comitê Organizador Local em Cuiabá.
Não bastasse a funcionalidade do novo estádio que começa a ser erguido literalmente até o final desse ano, o projeto do arquiteto Sérgio Coelho ainda prevê uma série de funções do empreendimento, que visam a sustentabilidade, como a reutilização da água da chuva para os banheiros e a irrigação do gramado e o aproveitamento da energia solar para ser captada e utilizada no mesmo espaço.
Ações como essas estão atraindo a imprensa nacional. Esta semana esteve em Cuiabá o jornalista Jonas Oliveira, da Revista Placar. Durante dois dias, Jonas ouviu diretores da Agecopa, o vice-presidente da FMF, João Carlos de Oliveira Santos, dirigentes de clubes, visitou o estádio Dutrinha e as instalações de alguns clubes. A reportagem que integra uma série sobre as sedes da Copa 2014, começou com Belo Horizonte, e será publicada em outubro.
“O estádio está bem adiantado, o que preocupa é o destino dele pós Copa. O volume de obras de infra-estrutura é muito grande, serão muitas intervenções urbanas de uma vez, e a cidade pode ficar caótica e isso preocupa realmente”, disse o jornalista, que está percorrendo o País, avaliando o andamento das obras em todas as 12 capitais.