A Espanha repetiu o placar da final da Eurocopa de 2008 e venceu a Alemanha nesta quarta-feira por 1 a 0, pelas semifinais da Copa do Mundo da África do Sul. O zagueiro Carles Puyol marcou o único gol do jogo, que colocou a Fúria pela primeira vez na história em uma final de Mundial.
Os ibéricos conseguiram impor seu estilo de jogo, prendeu a bola durante a maior parte do tempo e não deu espaço para que a Nationalelf conseguisse explorar os contra-ataques. Sem o jovem Thomas Muller, Trochowski (e depois Kroos) teve atuação discreta e permitiu bons avanços de Iniesta pelo setor.
Até que no segundo tempo, aos 28 minutos, Xabi cobrou escanteio e o zagueiro Puyol apareceu entre os marcadores para marcar de cabeça. Após abrir o placar, os alemães foram com tudo para cima e deram espaço para os ibéricos contra-atacarem.
No próximo domingo, às 15h30, duas equipes que jamais conquistaram um título da Copa do Mundo terão a oportunidade de levantar o caneco: Holanda (que disputará sua terceira final) e Espanha (que jamais havia chegado em uma semifinal).
O jogo – A partida começou com a Espanha impondo seu ritmo de jogo, segurando a posse de bola. Logo aos 6 minutos, Sergio Busquets lançou David Villa na área e Manuel Neuer saiu bem para abafar, na única finalização do centroavante na primeira etapa.
Os germânicos ficaram encurralados. Enquanto os ibéricos trocavam passes de um lado para o outro, os tricampeões se defendiam e tentavam contra-ataques. Porém a equipe era muito apressada na saída de bola e sucumbia para boa distribuição defensiva dos campeões da Eurocopa.
O primeiro lance de perigo da Alemanha ocorreu aos 10 minutos, quando Mesut Ozil recebeu entre os zagueiros da Fúria, mas em condição irregular. Aos 13 minutos, Iniesta cobrou escanteio e Puyol apareceu livre entre os zagueiros, mas cabeceou para fora.
Aos poucos, a Mannschaft foi entrando no jogo, segurando a posse de bola e tentando jogadas de ataque. A única finalização da equipe ocorreu só aos 31 minutos, quando Piotr Trochowski recebeu pela direita e arriscou, obrigando Iker Casillas cair e fazer uma boa defesa.
Nos minutos finais, o jogo virou e foi a Alemanha que ficou ?encerando? a bola. Aos 45 minutos, Mesut Ozil recebeu, tentou um drible em velocidade e foi tocado por Sergio Ramos dentro da área. O camisa 8 pediu pênalti, mas o árbitro ignorou o lance.
As duas equipes voltaram sem alterações para a segunda etapa. Ozil seguia conseguindo as melhores chances para os alemães. Do outro lado, Pedro buscava jogadas individuais para tentar o gol, enquanto Xabi Alonso levava perigo com chutes de longa distância, como aos 4 minutos, quando o volante arriscou de fora da área e a bola passou rente a trave.
Foi então que começou um massacre da Fúria. Aos 9 minutos, Villa chutou do bico esquerdo da grande área, para fora. Aos 12, Pedro chutou e obrigou Neuer e fazer grande defesa. No rebote, Iniesta fez boa jogada pela esquerda e cruzou rasteiro. Ninguém alcançou. Depois, aos 17, Alonso levantou para área, Sergio Ramos apareceu livre, não conseguiu cabecear e reclamou pênalti de Podolski.
A Alemanha só foi voltar a freqüentar o campo de ataque aos 24 minutos, após uma jogada bem tramada que caiu nos pés de Toni Kroos (que entrara no lugar de Trochowski), que chutou de perna direita e obrigou Casillas a trabalhar bem no lance.
Até que aos 28 minutos, Xavi cobrou um escanteio da esquerda para grande área e Puyol apareceu de trás, ganhou no corpo de Khedira (e Piqué) e cabeceou para o fundo das redes de Neuer, que saltou, mas não conseguiu alcançar a bola.
Pior no placar, a Alemanha foi para cima, pressionou, mas não conseguiu fazer com que Casillas realizasse grandes defesas. A Espanha ainda conseguiu alguns bons lances em jogadas de velocidade, mas pecou no último passe.