Chegou ao fim a era Dunga no comando técnico da seleção brasileira. Após a eliminação desta sexta-feira para a Holanda, nas quartas de final da Copa do Mundo, o treinador confirmou que não dará seguimento ao trabalho no time nacional, o que segundo ele estava programado já há quatro anos.
"Já se sabia desde o começo que eu ficaria (na seleção) por quatro anos", disse o comandante logo depois da derrota de virada por 2 a 1 para os holandeses.
Dunga foi anunciado como treinador do Brasil em 24 de julho de 2006, no mês seguinte à também precoce eliminação da seleção no Mundial da Alemanha. O texto que o confirmava no cargo dizia que o objetivo era "a disputa da Copa do Mundo de 2010 na África do Sul e também a Copa do Mundo de 2014".
Nos quase quatro anos que esteve à frente da seleção, Dunga conquistou a Copa América de 2007, diante da Argentina, e a Copa das Confederações do ano passado, contra os Estados Unidos. Além disso, ele classificou a equipe para o Mundial como primeira colocada das Eliminatórias Sul-Americanas.
Apesar da campanha vitoriosa, o treinador sempre conviveu com a pressão de parte da torcida e da imprensa. Muito em função do futebol pragmático – as palavras mais utilizadas em suas entrevistas são "coerência" e "eficiência" – e da ausência de mais atletas de qualidade técnica nas convocações.
Na África do Sul, Dunga travou um duelo particular com jornalistas também por fechar a maior parte dos treinamentos da equipe. "Respeito o trabalho da imprensa, mas tínhamos que ter alguma privacidade. Nos momentos adequados, todos deram entrevistas para a imprensa. Nós não fizemos nada de muito diferente do que fizeram as outras seleções", justificou-se o técnico brasileiro nesta sexta-feira.
Com a eliminação do Brasil nas quartas de final e a revelação de Dunga de que não continuará no comando, fica a expectativa pelo anúncio da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) quanto ao novo dono do cargo, que provavelmente será o técnico na Copa do Mundo do Brasil, em 2014.