Em um jogo muito movimentado, principalmente na prieira etapa, o Flamengo foi derrotado por 3 a 2 para a Universidad de Chile, nesta noite, no Maracanã, e viu a vaga para as semifinais da Libertadores ficar distante. Para avançar, os rubro-negros precisarão vencer por dois gols de diferença, em Santiago, para conseguirem a classificação. Os chilenos seguem sendo a “pedra no sapato” da equipe carioca, que nesta competição já havia sido derrotada em Santiago e empatado no Rio de Janeiro pela Fase de Grupos.
O jogo de volta está marcado para a próxima quinta-feira, em Santiago. Para o confronto, a Universidad de Chile ainda tenta a liberação dos jogadores convocados para a seleção chilena. No entanto, o time não contará com dois atletas que vão se apresentar para a seleção uruguaia.
O jogo – A partida começou com a Universidad de Chile supreendendo o Flamengo logo aos dois minutos. Após cobrança de lateral na área, Vargas se enroscou com a zaga rubro-negra e a bola sobrou para Olivera, que chutou de bico, mas muito mal. No minuto seguinte, Rômulo falhou e Olivera deixou Montillo na cara do gol. No entanto, o argentino chutou em cima de Bruno, que colocou para escanteio.
No entanto, aos quatro minutos não teve jeito. Após cruzamento pela direita, a bola passou pela zaga e sobrou para Victorino. O zagueiro chutou dentro da pequena área e abriu o placar para a equipe chilena. Somente depois do gol da Universidad de Chile, os atacantes do Flamengo conseguiram tocar na bola. A primeira jogada do Flamengo aconteceu aos seis minutos. Juan cruzou rasteiro pela esquerda, mas Vagner Love foi travado pela zaga chilena quando foi finalizar. Aos poucos, os rubro-negros se acalmaram e passaram a dominar a partida.
Tanto que aos 11, após blitz na área da Universidad de Chile, Léo Loura cruzou para Vagner Love. No entanto, a cabeçada bateu na zaga e a bola bateu no travessão antes de sair. Dois minutos depois, em falta da entrada da área, a bola sobrou para Maldonado, que chutou, mas em cima da zaga chilena. A resposta da Universidad de Chile veio aos 16 minutos, quando os visitantes tiveram outra ótima chance. Após cobrança de escanteio, a bola ficou na área do Flamengo e sobrou para Olivera, que de frente para Bruno, chutou fraco no canto. O goleiro rubro-negro conseguiu espalmar a bola e impedir o segundo gol dos visitantes.
Vendo a equipe mal em campo, a torcida pede raça. Já o técnico Rogério Lourenço mudou a o time e colocou Michael no lugar de Rômulo. Com isso, o Flamengo ficou mais ofensivo. No entanto, quem assutou foi a Universidad de Chile, aos 21 minutos. Olivera foi lançado e recebeu na frente de Bruno, que fechou o ângulo e o chute do atacante chileno. Mais uma vez, de tanto tentar, a Universidad de Chile ampliou o placar aos 23 minutos. Em falta cobrada na área do Flamengo, o zagueiro Olarra subiu a trás de Bruno, ganhou do goleiro e cabeceou para o gol. Os jogadores rubro-negros ainda reclamaram com o árbitro, mas o gol foi validado.
O revés desanimou a torcida, que parou de cantar. Já o time passou novamente a buscar mais o ataque, mas seguia parando na forte marcação da Universidad de Chile. Quando a partida estava sem grandes emoções, o Flamengo conseguiu diminuir aos 36 minutos. Kléberson cruzou pela direita na cabeça de Adriano, que nem precisou subir para colocar a bola a direita de Miguel Pinto. O Flamengo passou a pressionar a Universidad de Chile e quase empatou aos 42 minutos. Novamente Kléberson cruzou para Adriano, mas desta vez o atacante cabeceou para fora. No minuto seguinte, em triangulação rubro-negra, Léo Moura tocou para Adriano, que sem goleiro, chutou por cima do gol perdendo ótima chance de igualar o placar.
Em mais um contra-ataque rápido nos acréscimos, a bola sobrou para Montillo, que de frente para Bruno, tocou para fora. Antes do intervalo, a situação melhorou para o Flamengo, pois Iturra recebeu o segundo cartão amarelo e foi expulso. No lance da falta, Adriano chutou, a bola bateu na zaga e sobrou para Vagner Love, que de frente para Miguel Pinto, chutou por cima do gol no último lance da etapa inicial.
No segundo tempo, o Flamengo, com um homem a mais, veio mais ofensivo. O técnico Rogério Lourenço colocou Petkovic no lugar do volante Petkovic. Já a Universidad de Chile também mexeu, tirando o meia Eduardo Vargas para a entrada do volante Nélson Pinto. O início da etapa final veio comum balde de água. Logo aos dois minutos, a bola foi cruzada rasteira pela esquerda por Rojas, passou por quase toda área do Flamengo e chegou para Alvaro Fernandez só tocar para a rede de Bruno. A resposta rubro-negra veio no minuto seguinte quando Petkovic cruzou pela esquerda e Adriano cabeceou no travessão chileno.
A partir daí, a partida ficou basicamente entre o ataque do Flamengo e a defesa da Universidad de Chile. Os rubro-negros buscavam de todas as formas superarem a retranca chilena, mas não conseguia. Assim, os jogadores brasileiros passaram a tentar os chutes de fora da área, só que sem êxito. Como o Flamengo não chegava com perigo ao gol, a torcida começou a ficar impaciente e pressionar os jogadores. Com isso, os rubro-negros ficaram nervosos e passaram a errar muitos passes, o que irritou mais ainda os torcedores. A Universidad de Chile se aproveitou do nervosismo dos brasileiros e conseguiu atacar mais, mas sem perigo para Bruno.
Uma situação inusitada aconteceu aos 27 minutos. O técnico Rogério Lourenço chamou o atacante Dênis Marques para entrar. A torcida começou a reclamar e pedir para o treinador não colocar o jogador em campo. No entanto, ele entrou no lugar de Kléberson e o comandante chegou a ouvir um coro de “burro”. Somente aos 33 minutos o Flamengo conseguiu um bom lance. Léo Moura cruzou pela direita e Adriano cabeceou para boa defesa de Miguel Pinto. No minuto seguinte foi a vez de Ronaldo Angelim tentar de cabeça, mas o zagueiro cabeceou fraco nas mãos do goleiro chileno.
Nos minutos finais, o Flamengo deu sinais de desânimo e ainda viu a Universidad de Chile quase ampliar com Rivarola, que parou nas mãos de Bruno. No entanto, aos 44 minutos, o lateral esquerdo Juan arriscou de fora da área e a bola bateu na zaga chilena enganando Miguel Pinto e dando esperança para os brasileiros para a partida de volta no Chile.