O cenário era todo favorável para uma vitória palmeirense neste sábado, diante do Mirassol, no Palestra Itália. Arquibancadas quase vazias, ou seja, menos pressão, e adversário fraco, ameaçado pelo rebaixamento. Mas o “fantasma” que vem atormentando o time em casa apareceu de novo “entre” os pouco mais de três mil pagantes e assombrou a equipe de Antônio Carlos, que não conseguiu vencer.
O empate por 1 a 1, além de aumentar o jejum do time, que vinha de empate contra Rio Branco e derrota para a Ponte Preta, provocou vaias e gritos de “burro” da torcida para o treinador, que trocou o atacante Vinícius pelo zagueiro Maurício Ramos momentos antes de levar o gol. O único ponto somado também praticamente enterrou as chances matemáticas da equipe brigar por um lugar nas semifinais.
Com 24 pontos, o Verdão pode chegar somente a 30 e pode dar adeus definitivo ao sonho neste domingo, já que Portuguesa e Grêmio Prudente, ambos times com 28, se enfrentam no Canindé. Se uma das equipes vencer, chegará aos 31 pontos e eliminará os palmeirenses da competição.
Vaiado, o Palmeiras dá um tempo no Paulistão e volta as atenções para a Copa do Brasil. Quarta-feira, o Verdão joga em casa contra o Paysandu por um simples empate ou até por uma derrota simples (1 a 0) para seguir em frente na competição, pois venceu o duelo em Belém por 2 a 1.
Pelo Paulistão, o próximo compromisso será sábado, novamente no Palestra Itália, ante o Oeste, de Itápolis. Já o Mirassol, cada vez mais ameaçado pelo rebaixamento à Série A-2, terá pela frente a Ponte Preta, domingo, no Moisés Lucarelli, em Campinas.
O jogo: O Palmeiras partiu para cima do Mirassol tão logo o árbitro Flávio Rodrigues Guerra apitou o início do jogo. E aos seis minutos já saiu na frente. Tiago Alencar empurrou Cleiton Xavier dentro da área. Robert cobrou o pênalti com força, no canto direito de Rene, que foi na bola, mas não chegou: 1 a 0.
Soberano na partida, o Verdão teve a chance de matar o jogo em duas bolas “esticadas” para Robert ainda no primeiro tempo, mas o camisa 20 perdeu a corrida para o goleiro Rene, que conseguiu sair da área antes do atacante alcançar o lançamento e aliviar o perigo.
O único susto contra o gol de Marcos na etapa inicial aconteceu em bobeira da zaga, que deixou Lins livre para girar e chutar em cima do corpo do pentacampeão, que saiu bem do gol e fez o “abafa”, evitando o empate.
Sem “maestro”: Sem Cleiton Xavier, que saiu no finalzinho do primeiro tempo por conta de uma fisgada na coxa, o Palmeiras sentiu a ausência de um maestro na etapa final, já que seu substituto, Anselmo, mostrou muita timidez na partida.
Ivo teve alguns momentos de brilho, principalmente quando partia para cima para cima da zaga em lances individuais, mas brigou sozinho e, portanto, não conseguiu alterar mais o placar do jogo.
Para piorar, o Mirassol aproveitou as vaias da torcida e o nervosismo do Palmeiras para alcançar a igualdade em um lance polêmico. Evando e Léo disputaram de sola. O atacante levou a melhor e, na saída de Marcos, tocou para Pablo Escobar decretar o placar final: 1 a 1 e vaias para o técnico Antônio Carlos, que trocou Vinícius e Robert por Maurício Ramos e Joãozinho, se transformando em mais uma vítima do famoso coro: “burro, burro”.