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Libertadores: Corinthians vence o Cerro Porteño com gol de Ronaldo

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Acabou o jejum de gols de Ronaldo. Embora não tenha tocado muitas vezes na bola na noite desta quarta-feira, no estádio Defensores del Chaco, o atacante assegurou a vitória do Corinthians sobre o Cerro Porteño, por 1 a 0, e colocou a sua equipe em vantagem na liderança do grupo 1 da Copa Libertadores da América.

Com o segundo gol de Ronaldo (que não balançava as redes desde o dia 27 de janeiro, quando se contundiu contra o Mirassol) na temporada, o Corinthians passou a somar 7 pontos na tabela. O Racing é o vice-líder com 3, e visitará o Independiente Medellín, que tem 2, nesta quinta-feira. A derrota deixou o Cerro Porteño em situação bastante complicada, com apenas 1 ponto e na lanterna da chave.

O próximo compromisso do Corinthians pela Libertadores será novamente contra os paraguaios, na quinta-feira do dia 1º de abril, no Pacaembu. Antes, o time comandado por Mano Menezes irá se preocupar com o Campeonato Paulista. Enfrentará o Grêmio Prudente neste domingo, no estádio Prudentão.

O jogo – Os jogadores do Cerro Porteño prometeram um ambiente hostil para o Corinthians no estádio Defensores del Chaco, e seus torcedores corresponderam. Com muita cantoria e diversas bandeiras na arquibancada, o público superou as expectativas e tentou pressionar os visitantes antes do início da partida.

O Corinthians subiu no gramado sob vaias, mas se dirigiu rapidamente para o setor visitante do estádio. Lá, os torcedores brasileiros também vibravam bastante e descoloriam o azul e vermelho do Cerro Porteño. O capitão William, então, conduziu seus companheiros para o centro do campo e deu as últimas orientações para a equipe.

Quando a partida começou, o Cerro Porteño fez o que se esperava para o lanterna do grupo 1 da Libertadores, desesperado pela vitória. Partiu para o ataque. Ainda assim, o Corinthians conseguiu criar boas oportunidades. Aos 7 minutos, Roberto Carlos fez cruzamento da esquerda, e Elias emendou de primeira. O goleiro Diego Barreto defendeu.

Para conter as investidas dos paraguaios, o Corinthians usou a arma que o Cerro prometia contra Ronaldo: as faltas. Jucilei, Moacir e Dentinho receberam um cartão amarelo cada em um espaço de menos de cinco minutos. Mas não havia motivo para tanta preocupação. Felipe provou estar atento quando os visitantes começaram a cruzar bolas na área e a arriscar chutes de longa distância.

Como também encontrava dificuldades para ser mais incisivo no ataque (Danilo era muito marcado, e Jucilei se encarregava de armar o time), o Corinthians aderiu ao jogo aéreo. Sem empolgar muito. À beira do campo, o técnico Mano Menezes fez um gesto de “mais ou menos” para definir a atuação de seus jogadores.

Aos 40 minutos, contudo, a feição do comandante mudou. Dentinho desviou uma cobrança de escanteio com o calcanhar, e a defesa do Cerro Porteño cometeu um erro fatal. Livre de marcação, Ronaldo avançou na segunda trave e completou para o gol. O atacante havia dado apenas seis toques na bola até então.

Comemorando muito o fim do jejum de gols, Ronaldo correu até o banco de reservas e deu um abraço no centroavante Souza, que brincou com o colega. Rapidamente, porém, o astro corintiano dirigiu seu pensamento para a etapa complementar: “Graças a Deus, fiz o gol em um momento importante do jogo. Vamos nos recuperar no vestiário para voltar bem”.

O Cerro Porteño retornou melhor. Disposto a calar a torcida do Corinthians, que brigava com os paraguaios nas arquibancadas, o time da casa retomou a pressão do início da partida. Logo aos 3 minutos do segundo tempo, Jorge Núñez finalizou de fora da área, e Felipe deu rebote. Pablo Zeballos passou para o ex-flamenguista César Ramírez, que chutou por cima da meta.

Não demorou muito, no entanto, para o Corinthians acalmar os ânimos paraguaios. Aos 8, Danilo chegou a cabecear a bola nas redes, mas o árbitro assinalou impedimento. Irritados porque o ímpeto ofensivo do Cerro Porteño cessou, os torcedores paraguaios começaram a arremessar objetos no gramado. Ralf e Chicão mostraram uma garrafa com água para o árbitro.

O nervosismo do público se refletiu em campo, com muitas faltas dos jogadores do Cerro Porteño. O técnico Pedro Troglio entrou em ação. Trocou Ramírez, Luis Cáceres e Diego Herner por Sebastián Ereros, Carlos Recalde e Ramón Cardozo. Mano Menezes respondeu com Jorge Henrique, Tcheco e Souza nos lugares de Dentinho, Danilo e Ronaldo.

Experiente, o Corinthians controlou o jogo a ponto de só ser assustado pelo Cerro Porteño mais uma vez. Aos 28, Julio dos Santos chegou a driblar Felipe, mas foi desarmado por Roberto Carlos. O árbitro assinalou impedimento na jogada. E, aos 37, mostrou o cartão vermelho para Jorge Brítez (o mesmo que incentivou o clima de guerra em campo antes da partida), por reclamação.

 

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