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Santos se despede da Vila Belmiro com empate diante do Bahia

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A despedida do Santos da Vila Belmiro em 2011 podia ser melhor, mas não há torcedor que reclame do 1 a 1 diante do Bahia na tarde deste domingo. O resultado não mudou em nada a situação do Peixe na tabela de classificação, mas salvou o Bahia de qualquer risco de voltar para a Série B do Campeonato Brasileiro.

Depois de um primeiro tempo agitado e equilibrado, as equipes diminuíram o ritmo na segunda etapa. Os anfitriões porque conseguiram terminar a partida sem viver mais um drama como o de Adriano, que ficará fora do Mundial de Clubes em dezembro, e os visitantes por conta do alívio relativo à permanência conquistada na casa do adversário.

Depois de tomar o gol de Souza logo aos oito minutos, o Santos reagiu e obrigou Marcelo Lomba a se tornar um dos principais personagens da partida com uma sequência de defesas salvadoras. Aos 31, o homenageado Neymar deixou tudo igual bem ao seu estilo.

Na segunda etapa, mesmo que as equipes não mostrassem futebol suficiente para empolgar, o torcedor santista ficou em êxtase quando ficou sabendo que o Vasco estava vencendo o Fluminense e, dessa forma, tirando a conquista antecipada do Corinthians. Influenciado pela força das arquibancadas, o Peixe pressionou no final, mas não conseguiu virar.

O Jogo – A Vila Belmiro completamente tomada pela torcida do Peixe e a placa entregue a Neymar minutos antes do apito inicial devido ao gol marcado sobre o Flamengo na 12ª rodada do Brasileirão deram o clima de domínio santista, já que o time mais badalado do país está às vésperas do Mundial de Clubes e usando, pela última vez, seus titulares na competição nacional.

O problema é que ninguém avisou que o Bahia deveria ser apenas coadjuvante na partida. Apesar do início em ritmo lento, com os donos da casa tentando pressionar, mas sendo desarmados lance a lance, os visitantes se aproveitaram de uma única falha defensiva para abrir o placar.

Se logo no segundo minuto de bola rolando, Borges e Ganso fariam de tudo para invadir a área do Bahia, mas o camisa 10 acabaria desarmado por Titi, o adversário iria devolver com uma troca de passes entre Souza e Ávine, mas no momento do último passe a defesa santista apareceu soberana para fazer o desvio e aliviar o perigo.

Quando o Bahia começou a marcar a saída de bola do Santos, não demorou a fazer gol. Depois de um lançamento do campo de defesa, Edu Dracena e Lulinha se enroscaram e caíram no chão, deixando Bruno Rodrigo e Souza no duelo pessoal. O atacante do Bahia fez a finta e chutou em cima do defensor santista. No rebote, aos oito minutos de jogo, Souza dominou no peito e bateu consciente, no canto esquerdo de Rafael, para balançar as redes e correr para o abraço.

Assustado com o risco de perder em casa, o Santos se atirou à frente e colocou o Bahia em perigo. Foi nesse momento em que o goleiro Marcelo Lomba se transformou em um dos grandes nomes da partida. Logo aos 12 minutos de jogo, ele fez uma defesa de placa, no meio do gol, quando Durval cabeceou após cobrança de escanteio.

Cinco minutos depois desse lance, Danilo alçou na área do Bahia e nenhum zagueiro alcançou. Quando Borges estava prestes a colocar a cabeça e meter para o gol, Lomba saiu e ficou com a bola. Essa situação se repetiria aos 23, quando Ganso lançou para cabeceio de Neymar e o goleiro fez nova defesa importante.

Tamanha pressão invariavelmente resultaria em gol, principalmente quando se tem Neymar jogando a seu favor. E o empate do Santos foi bem ao estilo da Joia, que recebeu a bola na entrada da área, limpou a marcação do Bahia e bateu rasteiro, no canto direito, antes que Marcelo Lomba pudesse reagir e defender.

Aos 34 e aos 35, Neymar brilharia outra vez, mas agora sem marcar. No primeiro lance, o atacante bateu quase do meio-campo, mas viu a bola passar pela esquerda da meta. A outra jogada foi um passe do camisa 11 para Borges, que bateu rente à trave.

O Santos se manteve no ataque até o fim do primeiro tempo, principalmente com a presença de Elano no campo ofensivo e nas bolas paradas. De volta ao time para substituir Adriano, o meio-campista era peça importante na armação, mas estava visivelmente em um ritmo aquém do resto do time. Com iniciativa, mas sem precisão, Santos e Bahia só esperaram o primeiro tempo se encerrar.

O placar era justo, mas o jogo ficou muito pegado no segundo tempo, com o Bahia chegando firme nos jogadores do Santos e Muricy Ramalho assustado pelo risco de ver a situação de Adriano se repetir com algum jogador. Quase naturalmente, o Peixe diminuiu o ritmo e não se atirou tanto à frente.

Aos dois minutos, Arouca foi derrubado por Ricardinho na intermediária e deixou o lance para Elano cobrar. A bola espirrou na barreira e Neymar não conseguiu aproveitar o rebote. O Bahia devolveu com um belo drible de Souza para cima de Danilo, mas o atacante bateu à esquerda de Rafael.

Os times e, por consequência disso, a partida já não tinham a mesma vibração da primeira etapa e acabou ficando concentrada no meio-campo, onde nenhum dos times era absoluto ou mesmo conseguia dominar o adversário. O Santos chegou a ser displicente em alguns momentos, sem correr atrás da bola. O Bahia, satisfeito com o fim do risco de ser rebaixado, só tocava de lado.

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