O Santos conheceu na última quinta-feira o caminho que terá de trilhar para chegar a final do Mundial de Clubes da Fifa, no Japão. Atento, o técnico Muricy Ramalho tem observado jogos dos times envolvidos na disputa e, por conta disso, falou sobre as ameaças que cada um deles oferece ao Peixe, na luta para chegar à decisão do torneio.
Na chave santista, o Monterrey (México) espera o vencedor do confronto entre Auckland City (Nova Zelândia) e o campeão japonês – Gamba Osaka, Kashiwa Reysol e Nagoya Grampus brigam pelo título nacional e pela respectiva vaga do país anfitrião no Mundial – nas quartas de final do torneio. Do ganhador deste duelo entre mexicanos e neozelandeses ou japoneses, sai o rival do Alvinegro Praiano na semifinal.
"Não podemos falar que nenhum deles será fácil. A equipe mexicana é fortíssima. Pelo que a gente tem de conhecimento, é um dos times que contam com maior investimento no México. Na região deles, na fronteira, o rival é o Tigres. E eles sempre contratam bons jogadores argentinos. Além disso, pode cair algum japonês contra a gente. Eles têm evoluído e jogam em casa. Vão dar muito trabalho para o Auckland, que eu não acredito que passe, e o Monterrey", analisou Muricy.
Sem falar apenas sobre uma possível final com o Barcelona (Espanha), considerado por muitos o favorito ao título do Mundial, o treinador alertou para que o Santos trate com seriedade o primeiro jogo no campeonato, a semifinal, marcada para o dia 14 de dezembro, em Toyota.
Para Muricy Ramalho, se o Peixe não respeitar o seu oponente, seja ele qual for, pode ser surpreendido assim como aconteceu com o Internacional-RS no Mundial de Clubes de 2010, derrotado pelo Mazembe (República Democrática do Congo), nas semifinais.
"Não adianta. Não dá para pensar direto na final, pois temos uma partida antes e que tem de ser tratada com toda a atenção possível. Não podemos esquecer do Mazembe, que diziam que ninguém conhecia, e bateu o Inter-RS. Qualquer time que nós enfrentarmos na semifinal vai ser duríssimo. Não tenham dúvidas disso", comentou.
Já em relação a chave do Barça, Muricy não crê que os catalães tenham grandes problemas para superarem Al Sadd (Catar) ou Esperánce (Tunísia), chegando até a final do Mundial, que será realizada no dia 18 de dezembro, em Yokohama.
"Esses dois times que o Barcelona pode pegar são bons nos seus países. Mas é difícil acreditar em uma surpresa. Disso tudo, o grande favorito é o Barcelona. Eles são os favoritos e se falássemos outra coisa que não fosse isso estaríamos mentindo. Depois do Barcelona, vem a gente, o Monterrey, e os japoneses, que como eu disse, são fortes dentro de casa", encerrou.