Em sua 14ª visita à Arena da Baixada, o São Paulo manteve um tabu histórico ao perder por 1 a 0 para o Atlético Paranaense. Agora são nove vitórias e cinco empates no estádio do Furacão, que ganhou fôlego na briga contra o rebaixamento e acabou com a reação do Tricolor, que vinha de uma vitória que encerrava um longo de jejum e agora estaciona nos 53 pontos, perdendo a chance de voltar com força à luta pela Libertadores.
O Rubro-Negro abriu o placar aos 10 minutos da primeira etapa. Depois de jogada de Marcelo Oliveira e corta-luz de Nieto, Guerrón apareceu com liberdade para chutar para o fundo das redes. Na segunda etapa a partida ficou aberta, mas quem se destacou mesmo foi Rogério Ceni, que impediu um placar mais elástico.
Na próxima rodada, o Atlético Paranaense volta campo no domingo, quando tem um duelo importante diante do Cruzeiro, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. Já o São Paulo, que segue sem vencer na Arena da Baixada em sua história, tem pela frente o América-MG, sábado, no Estádio do Morumbi, na capital paulista.
O jogo – O Furacão tentou surpreender e logo no primeiro lance da partida a bola sobrou com Deivid, que arrematou de fora da área, mas totalmente sem direção. A resposta veio com Jean, que partiu para a jogada individual, aos seis minutos e ganhou escanteio. William José escapava em velocidade, aos sete minutos, só que o lançamento parou em Wendel. O Rubro-Negro marcava forte, tentando retomar a posse de bola no meio-campo.
Muita disposição do time da casa, que conseguiu abrir o placar aos 10 minutos, com o equatoriano Guerrón, que aproveitou jogada de Marcelo Oliveira e um belo corta-luz de Nieto para estufar as redes. Fernandinho, com um petardo, fez Renan Rocha trabalhar aos 11 minutos. O Tricolor tinha dificuldade para sair para o campo de ataque e era dominado pelo Atlético. Um chutão de Manoel, aos 15 minutos, quase virou um ataque se não fosse Rhodolfo aparecer para afastar.
Mais Furacão no ataque, com Guerrón, que aproveitou vacilo da defesa para avançar e cruzar. Jean, no meio do caminho, salvou. Aos 25 minutos, Casemiro entrou em campo no lugar do lesionado Carlinhos Paraíba. Paulo Bater quase ampliou aos 30 minutos, com um chute com direção certa que Rogério Ceni defendeu de forma espetacular. Mais uma vez o camisa 1 Tricolor fez milagre em chute de Guerrón, ao 35 minutos. Em um bom primeiro tempo, o Rubro-Negro teve melhores oportunidades para ampliar.
Na segunda etapa, o Atlético mostrava que voltou com a mesma disposição em atacar. Aos três minutos, Nieto chutou forte e Rogério Ceni espalmou. Marcinho encontrou Paulo Baier passando pela entrada da área e lançou. O maestro rubro-negro abriu espaça e, na hora do chutem deixou a bola escapar. O técnico Émerson Leão queimou mais duas alterações com as entradas de Marlos e Rivaldo.
Paulo Baier novamente fazia a diferença. Aos 14 minutos, o meia cobrou falta na cabeça de Manoel, que exigiu nova grande defesa de Ceni. O futebol de Rivaldo começou a aparecer aos 19 minutos, com um toque magistral para Jean, que exigiu intervenção precisa de Renan Rocha, que cedeu escanteio. O jogo ficou aberto, com os dois times buscando o gol, fundamental para o objetivo das equipes na competição.
O técnico Antônio Lopes fechou o Atlético, que tentava administra a vantagem. Aos 36 minutos, o argentino Nieto recebeu de frete para o crime, mas tentou o passe, desperdiçando uma ótima oportunidade. Sem conseguir entrar no ferrolho armado pelo Delegado no final da partida, Rivaldo chutou de longe e isolou a bola. Rivaldo apareceu novamente aos 42 minutos, com um toque de cobertura. Renan Rocha deu um tapa na bola e Héracles afastou. O Furacão fez a lição de casa e se mantém respirando.