O Palmeiras alcança o sexto jogo consecutivo sem vitória no Campeonato Brasileiro. E pior, não há muita perspectiva de melhora. Neste sábado, o Verdão sucumbiu a um rival simples e bem organizado: o Figueirense venceu por 2 a 1 e deu até "olé" no estádio do Canindé.
O grande destaque em campo foi o atacante Wellington Nem. Com velocidade e habilidade, ele marcou o primeiro gol do Figueirense na etapa inicial e deu a assistência para Júlio César matar o jogo no segundo tempo. Ricardo Bueno descontou nos acréscimos da etapa final.
Com o resultado, o Figueirense alcança dez partidas de invencibilidade. Em 31 jogos, a equipe de Florianópolis soma 47 pontos no Campeonato Brasileiro. O Palmeiras, por sua vez, continua estacionado nos 41 pontos.
Na próxima rodada do Campeonato Brasileiro, o Palmeiras enfrenta um rival que luta contra o rebaixamento, o Atlético-MG, no domingo da semana que vem, às 18 horas, na Arena do Jacaré, em Sete Lagoas. No mesmo dia, porém um pouco mais cedo (16 horas), o Figueirense desafia o Bahia, no estádio Orlando Scarpelli, em Florianópolis.
O Jogo – O Palmeiras apresentou disposição nos instantes iniciais para buscar o gol. No comando de ataque, Ricardo Bueno foi acionado duas vezes em quatro minutos, contudo o camisa 9 dos donos da casa mostrou dificuldades na finalização. Ainda assim, a torcida apoiava.
Em contrapartida, o Figueirense esbanjava confiança pela boa fase e era mais objetivo. Primeiro, Júlio César quase marcou ao aproveitar falha de Maurício Ramos. Na segunda oportunidade, não houve perdão: os visitantes abriram o placar. Aos nove minutos, Wellington Nem invadiu a área pela direita, driblou Henrique com facilidade e chutou por cima do goleiro Deola.
O golpe deixou os palmeirenses grogues. Aos 13 minutos, o chute de Juninho quase achou o ângulo da meta alviverde. Enquanto isso, os donos da casa eram atrapalhados pelo nervosismo. Mesmo quando a jogada saía de forma correta, algo atrapalhava – como ocorreu com Luan, aos 18 minutos, que praticamente tropeçou na hora de finalizar na pequena área.
Além de desesperado, o Palmeiras parecia desconcentrado em vários momentos. Aos 32 minutos, Maicon aproveitou cochilo da zaga e mandou uma bomba. Deola fez grande defesa no alto. Antes do intervalo, o Figueirense teve mais uma chance no chute de Júlio César que acabou desviado e quase entrou no canto direito da meta alviverde.
Por causa do mau futebol, o Palmeiras deixou o gramado para o intervalo sob vaias. Não poderia ser diferente. Ainda por cima, alguns torcedores aproveitaram o período de descanso para xingar o diretor de futebol do clube, Roberto Frizzo, que estava em um camarote.
Para a etapa final, o Palmeiras fez uma substituição inesperada. Em desvantagem no placar, Felipão colocou o meia Tinga no lugar de Maikon Leite, um atacante. O Figueirense também trocou: Coutinho na vaga de Juninho.
O segundo tempo começou com maior posse de bola do Palmeiras. O Figueirense já não conseguia mais armar os contra-ataques. Ainda assim, o Verdão tinha dificuldades de penetração na defesa catarinense.
No Palmeiras, apenas Valdívia tinha capacidade em fazer algo diferente. Aos 17 minutos, o chileno partiu para ação individual, tirou um rival da jogada e arrematou. A bola desviou na zaga e enganou Wilson. Por azar, não foi na direção do gol.
O domínio das ações, embora de forma desorganizada, era todo do Palmeiras. Mas o Verdão sofreu o segundo gol quando Wellington Nem, o destaque em campo, acordou. O atacante fez a jogada pela esquerda e cruzou para Júlio César definir a fatura. No fim, nem o gol de cabeça de Ricardo Bueno deixou a torcida menos furiosa: 2 a 1.