Bahia e Santos se enfrentaram neste domingo no Estádio de Pituaçu e o oportunismo fez a diferença em favor dos visitantes, que venceram por 2 a 1.
Depois de um primeiro tempo em ritmo frenético, com gol de pênalti do Santos logo no início e reação rápida do Bahia, que passou a dominar a partida a partir de então, o jogo se transformou em um bate-rebate sem precedentes, até que Alan Kardec aproveitou a única chance, fez seu primeiro gol com a camisa do Peixe, assinalando a primeira vitória do time fora de casa e garantindo a fuga da zona de rebaixamento.
Com a derrota, o Bahia perde uma posição para o Atlético-GO e já passa a se preocupar com a iminência da degola.
O Jogo
O único adjetivo adequado para descrever o primeiro tempo de Bahia e Santos é: alucinante. A partir do momento em que a bola começou a rolar, os times não se preocuparam em marcação ou aspectos táticos, eles só partiram um para cima do outro.
Logo aos três minutos, quando o tempo de "estudar o adversário" ainda não tinha sequer começado, Marcone derrubou Ganso dentro da área e o árbitro não titubeou em marcar o pênalti. Para a cobrança, Muricy não escolheu nem Elano e nem Borges, mas Neymar, que não desperdiçou. O camisa 11 bateu rasteiro, no canto esquerdo, para abrir o placar.
O gol precoce não tiraria o ímpeto santista, que contra-atacou com velocidade e quase aumentou a vantagem aos seis minutos. Após lançamento preciso de Léo, Neymar faz o domínio, corta Ávine, deixa o goleiro para trás, mas bobeia e espera demais pelo reposicionamento do lateral, que corta o chute. Borges concluiu para fora.
Depois desse lance, só deu Bahia. Se aproveitando da pressão da torcida e da inspiração de Júnior e Carlos Alberto, os donos da casa não se abateram e partiram em busca do empate.
Aos 13, com uma cabeceada de Júnior no travessão, aos 22, com Diones arriscando de fora da área e bela defesa de Rafael e aos 25, com tiro de Fahel, defesa do goleiro e rebote para o Diabo Loiro, que mandou para o fundo das redes, mas viu a bandeirinha assinalar impedimento, o Bahia engoliu o Santos dentro de Pituaçu.
Quatro minutos depois, a justiça foi feita e o time do técnico René Simões chegou ao empate. Após lançamento de Carlos Alberto para Marcos, o lateral dominou e fintou Léo para bater para o gol. No rebote do goleiro Rafael, que vinha fazendo uma exibição de fala, Júnior se aproveitou e mandou para dentro das redes. Os jogadores do Santos reclamaram de um suposto impedimento, mas o árbitro validou o gol de empate do Tricolor de Aço.
O Bahia voltou à carga aos 32 minutos com cobrança de falta de Marcos para mais uma intervenção cirúrgica de Rafael, que ainda viu a bola bater no travessão antes de sair. O goleiro santista, que logo depois sofreu um corte no supercílio após dividida com Carlos Alberto e acabou substituído, salvava mais uma vez o Alvinegro Praiano.
Se o final do primeiro tempo não reservou outras emoções, a segunda etapa repetiu a fórmula e começou em nível mais fraco. O Santos conseguiu reequilibrar a partida, que até a metade do segundo tempo era amplamente dominada pelo Bahia.
Aos oito minutos, Ganso dominou uma bola e acertou o travessão após erro de saída do time do Bahia, que tentou continuar o ímpeto, mas encontra dificuldades em furar a defesa do Santos, que se apresentou mais compacta.
O técnico René Simões, vendo que o panorama do jogo havia se alterado, lançou mão de Gabriel no lugar de Marcos e o novo fôlego fez toda a diferença. Aos 26 minutos, ele se aproveitou de uma bola dividida para fintar dentro da pequena área, enganar o goleiro Vladimir, mas bater para fora, desperdiçando outra chance de virar o jogo.
Aos 35 do segundo tempo, o Santos resolveu entrar em campo novamente. Elano cobrou falta da esquerda com categoria, mas Marcelo Lomba jogou para escanteio.
Um minuto mais tarde, o Peixe achou um gol. Se no primeiro tempo foi dominado e no segundo reequilibrou, o Santos acabou premiado com o gol da vitória. Após cobrança de escanteio do capitão Elano, o goleiro afastou, mas Henrique ajeitou de cabeça e Alan Kardec surgiu no meio da área, pouco depois de entrar em campo, para bater de primeira e fazer um belo gol, o da vitória do Santos.