Depois de três derrotas seguidas no Campeonato Brasileiro, finalmente o Santos voltou a vencer. A vítima foi o Ceará, por 1 a 0, na tarde deste domingo, no Estádio do Pacaembu.
O gol marcado por Borges, aos 31 minutos da primeira etapa redimiu o técnico Muricy Ramalho, que não tinha Neymar, suspenso, e escalou o Santos na formação 4-5-1, que acabou não dando certo, já que o lateral Leandro Silva, um dos estreantes da rodada, ao lado de Henrique, mostrou nervosismo e não correspondeu às expectativas.
Com o tento, o camisa nove entrou para a história do Santos, sendo autor do gol de número 11.700 dos 99 anos do clube que, com a vitória, deixou temporariamente a zona de rebaixamento, enquanto o Ceará segue com 12 pontos, na parte intermediária da tabela.
O Jogo
O Santos não conseguiu jogar na formação 4-5-1. Desde o início, era um time sem eficiência ofensiva e que tinha muitas dificuldades para trocar passes no meio, tanto que a maior posse de bola era do Ceará, que tinha em Osvaldo sua principal esperança de boas jogadas. O camisa 11 do Vozão incomodava a defesa do Peixe e tanto fez que deixou os dois estreantes do Santos, Leandro Silva e Henrique, responsáveis por sua marcação, amarelados.
Enquanto Borges estava muito isolado no ataque, o grande perigo dos times que só têm um jogador de frente em campo, o Ceará era quem incomodava, esbarrando apenas na defesa do Santos, que marcava bem.
Aos nove minutos, o criticado Elano, que até então vinha sendo muito bem marcado por Heleno teve na bola parada sua primeira grande oportunidade. A curva da bola enganou o goleiro Diego, que só conseguiu espalmá-la, com dificuldades, para a linha de fundo.
Convicto de que o Santos não estava bem em campo e de que um gol do Ceará poderia acontecer a qualquer momento, Muricy Ramalho deixou de lado a estratégia que tinha adotado e voltou ao 4-4-2, com a saída do lateral Leandro Silva, visivelmente nervoso em campo, e a entrada do atacante Diogo.
A mudança logo surtiu efeito e o então lateral direito Arouca deu outra dinâmica ao time do Santos, que passou a acuar o Ceará e se tornou mais agressivo, para a alegria do torcedor que esteve no Pacaembu.
Além de Arouca, que acabou sendo o melhor jogador da primeira etapa, Elano reapareceu, com lançamentos precisos e errando poucos passes, e Diogo, que entrou cheio de gás para se aproximar de Borges, que estava muito isolado.
O gol do Santos finalmente aconteceu aos 31, após belo passe de Elano, encontrando Arouca, o lateral direito, que bateu para o gol. No rebote do goleiro Diego, Borges não perdoou e colocou a bola no fundo das redes. Contratado em maio, o camisa nove já entra para a história do Santos, como autor do gol número 11.700 nos 99 anos de existência do clube alvinegro.
A pressão santista continuou, tanto que aos 40, após bela jogada de Arouca, Paulo Henrique perdeu um gol incrível, embaixo da trave e sem goleiro.
O segundo tempo começou com o Santos no ataque, da mesma forma que vinha sendo. Logo aos dois minutos, após lançamento preciso de Elano, Borges ajeitou batendo, mas a bola saiu pela linha de fundo. Cinco minutos mais tarde, foi a vez de Pará, que vinha muito bem na lateral esquerda, ser o autor de um drible ousado e um cruzamento que Diogo ajeitou e Elano chegou batendo para belíssima defesa do goleiro Diego.
Aos 16, o Ceará deu o primeiro susto no torcedor santista. Após passe de bicicleta de Heleno, Roger apareceu livre na área para cabecear para o gol. A bola entrou, mas a arbitragem assinalou o impedimento.
Esse foi um dos últimos lances de emoção da partida, já que Muricy Ramalho lançou mão de Adriano e Bruno Aguiar e o Santos praticamente abdicou de jogar futebol, enquanto Felipe Azevedo e Washington, que foram as opções de Vagner Mancini não conseguiram corresponder e o Ceará ficou perdido em campo.
Nos últimos minutos, o Vozão esboçou uma reação, mas a segura (e reforçada) defesa do Santos deu conta do recado, garantindo os três pontos e a fuga da zona perigosa.