A turbulência do São Paulo não está mais restrita à má sequência no Campeonato Brasileiro e à troca de treinador. Nesta sexta-feira, a Justiça anulou o terceiro mandato do presidente do clube, Juvenal Juvêncio, que seguirá no cargo enquanto recorre.
A decisão, da 3ª Vara Cível de Pinheiros, foi tomada com base em uma ação do vereador e conselheiro são-paulino Aurélio Miguel, que é ferrenho opositor a Juvenal. "Não devia nem ter tido reunião do Conselho e eleição. Falei que na época era um golpe, porque o Estatuto proibia. Agora, este resultado mostra que não poderia ter terceiro mandato. O golpe perdeu, foi derrotado. Ele contava talvez com a morosidade da Justiça, mas não precisava desse desgaste todo, há outras pessoas ao redor dele que poderiam se candidatar", afirmou o ex-judoca, em contato por telefone com a GE.Net.
Já o conselheiro Carlos Miguel Aidar, que é o advogado de Juvenal no caso, promete recorrer da decisão e informa que o mandatário seguirá no poder enquanto isso. "Essa questão ainda não estará julgada antes do término do mandato do presidente Juvenal Juvêncio, porque haverá recurso com efeito suspensivo. Portanto, está assegurada sua permanência até abril de 2014", alegou, por meio de comunicado oficial.
A briga na Justiça acontece porque o Estatuto do São Paulo proibia três mandatos seguidos para o mesmo dirigente, mas o grupo da situação viabilizou a mudança do documento em reunião do Conselho Deliberativo, aproveitando interpretações divergentes quanto ao assunto. A oposição, porém, contesta a mudança das regras do clube, pois alega que qualquer alteração deveria passar por Assembleia geral dos sócios.