Pepe não consegue dar mais do que um passo por minuto na noite desta quarta-feira, no Pacaembu. Parado a todo instante por dezenas de torcedores, que anseiam por uma foto ao seu lado, o ídolo santista, bicampeão mundial, sofre para se dirigir até as cadeiras descobertas do estádio que vai receber a decisão contra Peñarol, do Uruguai, daqui a pouco. A dificuldade encontrada na chegada ao estádio, porém, é esquecida quando questionado sobre seu palpite. “Acertei o resultado da partida de ida (empate sem gols), em Montevidéu, e aqui vai ser 3 a 1 para o Santos, com dois gols do Neymar e um do Ganso”, prevê.
A confiança do ex-jogador o faz até imaginar uma eventual final do Mundial diante do Barcelona, campeão europeu. “O Barcelona é um grande time, tem o melhor técnico do mundo, que é o Guardiola, mas acredito que o Santos pode ser campeão em campo neutro”, imagina.
O sistema atual do torneio é diferente daquele que Pepe disputou, em 1962 e 1963 – contra Benfica e Milan, respectivamente -, depois de ter vencido a Libertadores. Na época, a competição era decidida em duas partidas, entre o campeão sul-americano e o europeu. Atualmente, representantes dos cinco continentes se encaram em jogo único, o que não agrada a Pepe.
“Preferia que fosse em dois jogos, porque aí o Santos poderia reverter a situação se fosse mal na primeira partida”, defende o ex-ponta esquerda, sem saber exatamente de que local do estádio ele verá a final. “Primeiramente, preciso sair vivo daqui”, brincou, entre uma foto e outra.