Falcão, técnico do Inter, sentiu a necessidade de mudar, optou por Muriel no gol e Glaydson no meio-campo. Seus escolhidos quase lhe dão a vitória na quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Mas não foi o suficiente para o seu sistema tático mais robusto sair intacto do Couto Pereira. O Coritiba conseguiu marcar o seu gol, empatando o jogo por 1 a 1.
Muriel assumiu a vaga de Renan, cujo contrato terminará no fim do mês e não será renovado. O goleiro foi um gigante em campo. Salvou pelo alto e embaixo das traves. Efetuou dois milagres em um lance só. No lance do gol do Coxa, aos 29 minutos do segundo tempo, defendeu o pênalti de Davi e ainda tocou na bola antes de ela cruzar alinha no chute de seu rebote.
Já Glaydson atuou na vaga de Oscar, fortalecendo a consistência defensiva. Em chute de fora da área, ele marcou o gol gaúcho, no começo do segundo tempo. Porém, a ausência da manutenção da bola no campo ofensivo impôs pressão dos donos da casa até sair o gol de empate.
Falcão segue sem perder fora de casa, com três vitórias e três empates. O Colorado é o 12º colocado, enquanto os paranaenses ocupam o 16º lugar, saindo da zona de rebaixamento.
A próxima rodada reserva o Cruzeiro para o Coritiba, enquanto para o Inter o próximo adversário será o Figueirense.
O jogo – Quando a situação está próxima do limite, muitas vezes, são necessárias atitudes drásticas. Foi o que Paulo Roberto Falcão, técnico do Inter, fez. Tirou Oscar, o destaque da temporada, para colocar Glaydson, dando maior consistência à defesa, que vazou nos últimos 10 jogos. No gol, entrou Muriel. Juan ingressou na zaga devido a uma indisposição intestinal de Rodrigo. Não tomar gol era o objetivo principal. Marcar seria um assessório bem vindo para o momento instável.
O Coritiba, dono do melhor ataque do futebol brasileiro na temporada, impôs sufoco nos primeiros 30 minutos. Nesse período, a bola atravessou a área colorada inúmeras vezes. Os espaços no meio-campo eram latifúndios loucos para se tornarem produtivos. O meio-campo colorado assistia ao jogo nos chutões que saíam da defesa para o ataque.
Pelo alto, Bill quase marcou, aos 21 minutos, na primeira oportunidade cristalina da noite curitibana. Mesmo sem criatividade e articulação, o Inter conseguiu produzir dois lances interessantes. Zé Roberto, em chute desviado de fora da área, obrigou Edson Bastos a espalmar para escanteio. Depois, Leandro Damião disparou um foguete defendido pelo goleiro.
Os três volantes gaúchos não impediram que os donos da casa levassem perigo a Muriel. O goleiro colorado foi a razão para a defesa sair intacta na etapa inicial. No mesmo lance, ele salvou duas vezes. A primeira nos pés de Bill, depois, no outro lado do gol, saltou para evitar que o chute de Everton Ribeiro encontrasse as redes.
Uma parte do plano estava arquiteta, faltava a outra. Ela demorou somente quatro minutos do segundo tempo para se materializar. Em chute de fora da área, o escolhido de Falcão, Glaydson, acertou chute de longa distância para deixar os visitantes em vantagem.
Restava a terceira etapa seguir funcionando. Em vantagem, os colorados tentaram segurar o resultado. Mesmo que tivesse perdido a posse de bola, vendo o Coritiba agredir a todo instante. A proteção vermelha funcionava, exceção ao arremate de Davi, que carimbou a trave, as jogadas eram mantidas longe do gol de Muriel. Nos contra-ataques, o Inter teve a oportunidade de definir a vitória.
Zé Roberto, em escapada pela esquerda, viu Edson Bastos salvar. Damião perdeu, pelo alto, chance que não costuma desperdiçar.
Mesmo que tivesse todo o domínio, o Coritiba precisou de uma ajudinha para marcar o seu. Kleber puxou Bill na área, aos 28 minutos. Davi cobrou, Muriel parecia intransponível e salvou, no rebote o meia do Coxa, finalmente, colocou para dentro. O Inter chegou à 11ª partida consecutiva em que é vazado.