Em um jogo bastante movimentado, o Santos empatou com o Cerro Porteño (Paraguai), em 3 a 3, agora há pouco, no Estádio Olla Azulgrana, garantindo a sua vaga na final da Copa Libertadores da América. Zé Eduardo, Barreto (contra) e Neymar marcaram os gols que levaram o Peixe à decisão. Cesar Benítez, Lucero e Fabbro fizeram os gols dos paraguaios.
Agora finalista, os santistas esperam o vencedor do confronto entre Vélez Sarsfield (Argentina) e Peñarol (Uruguai), nesta quinta, no Estádio José Amalfitani, em Buenos Aires (Argentina). As partidas finais serão disputadas nos dias 16 e 22 de junho.
O jogo – Apesar de toda a pressão extra-campo sofrida na chegada ao Olla Azulgrana, o Santos começou o jogo mostrando que estava disposto a não dar chances ao Cerro. E o primeiro gol saiu logo nos primeiros minutos, mais precisamente, aos dois. Elano cobrou falta sofrida por Neymar, pelo lado esquerdo, na cabeça de Zé Eduardo. O camisa 20 do Peixe escorou a bola para o fundo das redes, abrindo o placar para os santistas.
O gol alvinegro deixou a missão dos paraguaios ainda mais complicada. Precisando marcar três gols para chegar à decisão da Libertadores, o técnico Leonardo Astrada aproveitou a contusão do meia Torres para colocar o rápido atacante argentino Iturbe, aos 10 minutos.
O Santos também perder um jogador por lesão. O lateral direito Jonathan voltou a sentir dores musculares e foi substituído por Pará, aos 26. No minuto seguinte, o Peixe ampliou a sua vantagem no marcador. O zagueiro Edu Dracena deu um chutão para frente e, na disputa com Neymar, o zagueiro do Cerro Porteño, Pedro Benítez, desviou a bola para o seu próprio gol. O goleiro Barreto saiu mal de sua meta, socando a bola equivocadamente, marcando gol contra.
O segundo gol santista deixou a equipe um pouco mais relaxada em campo. Com isso, o Cerro aproveitou para diminuir a vantagem do adversário. Aos 31, Iturbe cobrou escanteio com perfeição, mandando a bola na cabeça de Cesar Benítez, que subiu mais alto que toda a zaga santista para anotar o gol dos paraguaios.
O gol animou o Cerro Porteño, que tentou uma reação, apostando em tabelas e jogadas pelo meio da defesa do Peixe. Aos 36, os paraguaios quase chegaram ao empate, após Julio dos Santos tabelar com Burgos e tocar para Bareiro. O centroavante arrematou com força, mas Rafael estava bem colocado e defendeu a finalização com segurança.
Astrada tentou aproveitar o bom momento do seu time para sacar o volante Burgos para a entrada do atacante Lucero, aos 40. No entanto, foram os santistas que voltaram a balanças as redes. Aos 46, o volante Arouca puxou rápido contra-ataque e tocou para Neymar. A Joia dominou a bola na entrada da área e tirou a marcação, antes de bater para o gol, vencendo Barreto: 3 a 1 para o Alvinegro Praiano.
Sem nada a perder e precisando reverter o placar para 5 a 3 em busca da vaga na final, o Cerro voltou ainda mais ofensivo para a etapa complementar. Logo aos dois minutos, os paraguaios assustaram com Cesar Benítez, aproveitando a indecisão da zaga santista em mais uma bola alçada na área.
O Cerro Porteño voltou a diminuir mais uma vez, aos 15. Em cruzamento vindo da direita, Bareiro ajeitou para Lucero emendar um arremate forte para o fundo do gol, sem chances para Rafael.
A partir do segundo gol dos paraguaios, os dois treinadores resolveram lançar mão de suas últimas substituições na partida. No Cerro, Bareiro saiu para a entrada de Nanni, aos 20. Já no Santos, Muricy Ramalho trocou o meia Elano pelo volante Rodrigo Possebon, aos 25, e o meia-atacante Zé Eduardo pelo atacante Maikon Leite, aos 27.
Ofensivos e incentivados pelo apoio de sua torcida, os paraguaios voltaram a assustar aos 33. Rafael pegou dois chutes seguidos de Cáceres. Três minutos depois, o Cerro Porteño empatou em bela jogada individual de Fabbro, que driblou os seus marcadores e soltou uma bomba de fora da área, no ângulo de Rafael.
Após o gol de empate do Cerro, os ânimos ficaram ainda mais acirrados quando Muricy Ramalho foi atingido por uma pedra arremessada pela torcida da casa, aos 38. Dois minutos depois, os santistas acertaram a trave em cobrança de falta de Neymar.
Nos minutos finais do jogo, o Cerro Porteño ainda pressionou bastante os santistas, inclusive acertando uma bola no travessão com Fabbro, nos acréscimos. Edu Dracena foi expulso nos minutos finais também, mas os alvinegros seguraram o resultado e garantiram a classificação a quarta decisão de Libertadores da sua história.