O momento pouco inspirado do Grêmio fez o time, pela segunda vez no Campeonato Gaúcho, ter de passar pelo sufoco da disputa de pênaltis, como havia ocorrido na decisão do primeiro turno diante do Caxias. A diferença é que o camisa 1 gremista é de seleção brasileira. Ele defendeu uma cobrança e deu a classificação diante do Ypiranga, em Erechim. No tempo normal, a partida terminou empatada por 1 a 1.
Nos pênaltis, os gremistas venceram por 4 a 2. Lúcio desperdiçou um chute para o Grêmio. Frede, na trave, e Branco, defesa do goleiro, erraram para os donos da casa. O Grêmio repetirá a semifinal do primeiro turno diante do Cruzeiro, desta vez, o time de Renato Gaúcho será visitante.
Douglas, ausente na derrota para o Oriente Petrolero, mostrou os motivos que levam o técnico Renato Gaúcho o considerar insubstituível. Mesmo apagado, o camisa 10 acertou um chute no ângulo, abrindo o placar no primeiro tempo.
O Grêmio, entretanto, demonstrou um futebol pobre, pouco coletivo. Os melhores lances surgiram em lance individuais, invariavelmente, com Leandro. Quando o garoto foi substituído por Lindo, o treinador gremista ouviu vaias pela substituição.
O Ypiranga esperava sua chance. Na etapa final, ela surgiu. Giovani acertou chute forte entre a trave e o goleiro Victor para empatar, aos 17 minutos.
O jogo – Enfrentando problemas coletivos, o Grêmio ditou o jogo através de lances diretos, favorecendo a proposta de enfrentamento do Ypiranga. Mesmo que nos minutos inicias, a grande chance tenha sido tricolor, com Borges desperdiçando oportunidade na pequena área com o gol escancarado, eram os donos da casa que chegavam com maior constância.
A defesa gremista, novamente, mostrava-se desprotegida, constantemente ficando no mano a mano com os atacantes adversários. O chute de Branco, de longe, passou perto da trave esquerda de Victor.
As principais jogadas dos visitantes saíam com Leandro, pela direita. O jovem de 17 anos conseguia vantagem individual sistematicamente. Porém, o gol azul saiu de quem fez falta na derrota para o Oriente Petrolero, quinta-feira. Considerado insubstituível pelo técnico Renato Gaúcho, Douglas acertou um belo chute de fora da área no ângulo, abrindo a contagem da tarde, aos 23 minutos, em seu único momento lúcido em campo.
A vantagem deu um ânimo efêmero ao Grêmio. Na sequência, Adilson acertou a trave. A produção ofensiva com finalizações cessou por aí e o jogo encontrou o seu pior momento.
Em desvantagem, o Canarinho retornou para o segundo tempo com mais um atacante e disposto a voar. As dificuldades para manter longas trocas de passe tiraram o domínio gremista, tornando o confronto morno.
Aos poucos, o Ypiranga foi crescendo até empatar aos 17 minutos, quando Cleiton recebeu na área, envolveu a defesa, descolando Giovani livre na esquerda. O meia acertou chute entre Victor e o poste.
Instantes depois, Renato começou a mexer. Primeiro tirou o apático Douglas para a entrada de um elétrico Carlos Alberto. Depois, Leandro saiu para o ingresso de Lins, gerando um raro momento de vaias ao eterno ídolo do clube.
Carlos Alberto deu uma movimentação que a equipe não tinha. Em chute seu, Saulo salvou de cabeça em cima da linha. Sua entrada gerou energia ao time. Em cobrança de falta, Lúcio acertou a trave. Nos minutos finais, Silvestre carimbou o travessão de Victor. O destino do jogo era a decisão por pênaltis.
As primeiras cobranças foram convertidas por Borges e Cleiton. Depois, Lúcio parou no goleiro Luis Carlos e Saulo acertou a trave. Na sequência, Fábio Rochemback e Frede botaram na rede os seus chutes. Na quarta, Carlos Alberto acertou para o Grêmio e Victor defendeu arremate fraco de Branco. Gabriel bateu e garantiu a classificação.