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Palmeiras fica no empate com São Caetano

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Diferentemente de 2010, quando foi goleado por 4 a 1 no Palestra Itália, o Palmeiras não perdeu do São Caetano neste domingo. Mas deixou o Anacleto Campanella repleto de torcedores frustrados com um empate por 1 a 1 que o tirou da liderança do Campeonato Paulista. O resultado faz com que o Verdão chegue a 29 pontos e termine a 14ª rodada do Estadual em terceiro lugar, agora à frente do Santos, mas ainda atrás de São Paulo e Corinthians, desta vez sem dividir lugar com o Verdão. O Azulão aparece na 12ª colocação com 17 pontos, a quatro da zona de classificação para as quartas de final.

A equipe do ABC paulista poderia até der deixado o campo com três pontos. O Verdão anulou o sistema defensivo adversário e abriu o placar logo aos seis minutos, com Kleber convertendo pênalti que ele mesmo sofreu, mas os palmeirenses ficaram presos na marcação do rival, que empatou com Artur aos 36 minutos do primeiro tempo e não fez o segundo no fim do jogo porque Deola executou grandes defesas.
O jogo – Sem Valdivia, novamente vetado por lesão muscular na coxa esquerda, Luiz Felipe Scolari teve que reorganizar seu sistema ofensivo. Optou pela entrada de Luan, aberto na esquerda, com Adriano Michael Jackson pela direita e Patrik com a incumbência de levar a bola principalmente para Kleber, livre para se mexer por onde quisesse depois do meio-campo.
A disposição tática acabou com a estratégia defensiva do São Caetano. Os três zagueiros do Azulão não conseguiam encaixar a marcação e a transição do quarteto da frente palmeirense, quase sempre auxiliado por Cicinho, deu resultado logo aos cinco minutos, quando Kleber converteu pênalti que ele mesmo sofreu.
O Azulão demorou a encontrar a maneira de coibir as mexidas dos palmeirenses e não levaram mais gols porque Adriano Michael Jackson, quase sempre livre nas costas do zagueiro, não estava em um dia inspirado. Seus companheiros também não souberam aproveitar os levantamentos de Marcos Assunção, possíveis devido às faltas que viraram alternativa para os anfitriões.
No desespero, o time do ABC resolveu transformar seus alas em laterais em uma linha de cinco na defesa e os volantes Augusto Recife e Aílton passaram a guardar posição na retaguarda da equipe. A tática foi suficiente para anular as jogadas do Verdão, que tinham como único desafogo os lances individuais de Cicinho.

O problema para Felipão é que Luan não era tão agressivo pela esquerda quanto o lateral direito. Os colegas tinham que encostar no atacante para abrir mais um lado contra o ferrolho do Azulão, mas o que conseguiram foi deixar um espaço à disposição dos donos da casa.

O meia Walter Minhoca ganhou o que queria para ir até o campo de defesa buscar a bola e levá-la para Antônio Flavio ou Eduardo. Um deles sempre estava sem marcação nas costas do lateral esquerdo Gabriel Silva. E o São Caetano passou a ser mais do que um marcador, assustando. Até que Eduardo acertou a trave, arrumou um escanteio e, na cobrança, Artur se redimiu do pênalti cometido e desviou de cabeça para empatar, aos 36 minutos do primeiro tempo.
Para ganhar mais na ligação com seus atacantes, isolados em meio a um paredão de homens vestidos de azul, Scolari sacou Adriano Michael Jackson e mandou Tinga a campo no intervalo. Equilibrou mais as ações com a bola no pé e, com paciência, como já havia receitado contra a retranca do Santo André, tentava achar espaço.

Porém, quando o Palmeiras começava a colocar a defesa adversária em apuros, Thiago Heleno se desentendeu na área com Anderson Marques, do São Caetano, antes de uma cobrança de falta de Marcos Assunção. Ambos foram expulsos, aos 18 minutos do segundo tempo.

Para reorganizar sua defesa, Felipão abriu mão de sua válvula de escape e tirou Cicinho para a entrada de Chico. Acabou prendendo seu time atrás, tornando até Luan um autentico volante, e dando esperança ao Azulão, que terminou o confronto com três atacantes. Os anfitriões só não ficaram com três pontos por falhas nas finalizações e porque Deola fez milagres.

Para completar a frustrante tarde dos palmeirenses que dominaram o Anacleto Campanella, Deola discutiu asperamente com Márcio Araújo antes de cobrar um tiro de meta. O entrevero fez com que até o árbitro repreendesse ambos enquanto a torcida gritava o nome do goleiro.

 

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