Em termos de desempenho foi menos do que o esperado, mas o suficiente para começar bem a fase de grupos da Libertadores. Mesmo sem empolgar, o esquema com três meias e somente um volante levou o Grêmio a aplicar um 3 a 0 sobre o Oriente Petrolero, no Olímpico.
Pode parecer sem nexo, entretanto, o Tricolor apresentou mais problemas na frente do que na defesa em seu sistema ofensivo, provando ser possível um placar mais elástico sem uma atuação maiúscula. Até o primeiro gol, marcado por Douglas de pênalti, aos 43 do primeiro tempo, os gremistas tinha dificuldades, na noite de quinta-feira.
O gol de Gilson, logo aos 3 da segunda etapa, trouxe calmaria e o time gaúcho passou a se impor, alcançando o terceiro com Douglas. O resultado deixa o Grêmio na ponta da Chave 2, com três pontos, tendo um saldo melhor que o Junior de Barranquila, adversário na próxima semana. O Oriente enfrentará o León de Huánuco, fora de casa.
O jogo – Uniforme novo, esquema novo, novos problemas. Esse foi o começo de jogo gremista. A formação ofensiva de Renato Gaúcho, com somente um volante, mostrou uma fragilidade defensiva esperada, mas pouca produtividade no ataque. A ousada escalação não gerou pressão logo de início, como imaginado.
Quando a bola chegava ao ataque, a tentativa eram os toques curtos e rápidos, sem lances em diagonal para furar a dupla linha de quatro dos bolivianos. Os passes não davam penetração, obrigando ao chute de fora da área. Foram três, dois de Carlos Alberto e um de Douglas.
Sabendo das pretensões dos donos da casa, o Oriente Petrolero não fechou. Conseguiu jogar pelos lados. Levando perigo em chutes de longa distância, defendidos por Victor.
Recuado, Carlos Alerto se mexeu muito, buscava jogo, tanto pela direita, como pela esquerda. A boa vontade não resultava em lances diferenciados, criando jogadas de perigo. A primeira grande chance ocorreu em enfiada de bola de Douglas, aos 29 minutos. O passe pifou Borges, de esquerda, seu chute parou no goleiro.
O gol, imaginado para os primeiros minutos, ocorreu nos instantes finais da etapa inicial. O árbitro marcou, equivocadamente, mão na bola de Terrazas. Douglas bateu firma no canto esquerdo, colocando a bola na rede, aos 42 minutos.
Qualquer problema que pudesse ocorrer foi sanado aos 3 minutos do segundo tempo. Após giro de Borges sobre o zagueiro, o goleiro soltou chute fraco e Gilson, em seu primeiro gol pelo Grêmio, ampliou.
A vantagem mais dilatada tranqüilizou a situação. O Tricolor teve total domínio até os15 minutos, quando os visitantes voltaram a dar sinal de vida, mesmo que de maneira pouco incisiva. Para arrefecer qualquer chance de reação, Douglas fez o terceiro após passe de Lúcio.
No terço final do segundo tempo, Renato promoveu a estreia de Escudero. Tímido o argentino pouco apresentou, mantendo o panorama já estabelecido imutável até o último apito.