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Interinos marcam nova geração de técnicos do mato-grossense

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O Campeonato Mato-grossense deste ano está marcando o início de uma nova safra de treinadores no Estado. Dos 12 comandantes de times no torneio estadual, a maioria deles está tendo a oportunidade de consolidar a carreira numa das profissões mais instáveis.

Muitos dos “debutantes” deixam para trás a função temporária de “quebra-galhos” nos clubes para tentar a sorte no novo cargo com a esperança de darem certo no esporte. Por exemplo, Gaúcho, que já foi presidente e fundador do Cuiabá Esporte Clube e chegou assumiu o comando técnico do Mixto ano passado como interino, decidiu entrar de cabeça na profissão aceitando o desafio de ser treinador do Luverdense, um dos times mais estruturados de Mato Grosso e o único do Estado estar na Terceira Divisão do Campeonato Brasileiro.

A trajetória do atual técnico do Operário, Júlio César Fumanchu, hoje com 41 anos, antes de assumir o comando técnico do tricolor várzea-grandense, também já foi interino em algumas ocasiões. Preparador físico de ofício, ele já esteve a beira do campo comandando times do Mixto na Série C de 2008, quando o até então técnico Mosca, cumpria suspensão de seis jogos dada pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).

No próprio Operário, ele também chegou a substituir o técnico Éder Taques no Estadual do ano passado. Efetivado, Fumanchu espera obter sucesso na nova função.

Considerado por muito tempo “braço direito” do técnico Marcos Birigui no Vila Aurora e Cacerense, Eduardo Henrique é outro que deixou a preparação física para se dedicar a carreira de treinador. Com apenas 31 anos, ele comanda o Sorriso pela segunda vez, após ter conquistado títulos pelo Vila Aurora – campeão estadual em 2005 – e Cacerense – campeão da Copa Mato Grosso em 2006 e Mato-grossense em 2007 – como auxiliar de Birigui, Henrique decidiu seguir carreira solo. Deixou seu guru e este ano é o seu segundo Estadual como treinador – em 2008 comandou o Vila Aurora na Copa São Paulo e no Mato-grossense.

Também o ex-jogador do União e Vila Aurora, Joel, exímio cobrador de faltas, faz este ano sua estreia como técnico. Pendurou as chuteiras em agosto do ano passado no Foz Iguaçu (PR) e decidiu iniciar na nova profissão em Mato Grosso, onde fez sucesso nos principais clubes de Rondonópolis.

No REC, Joel espera ter o mesmo sucesso quando da época de atleta. Porém, o ex-jogador já acumula duas derrotas no Mato-grossense e se o quadro não for revertido pode ter vida curta no clube mais novo da principal cidade da região Sul do Estado.

Atual campeão estadual, o técnico do União, Éverton Goiano, diante de tantos novatos na função, pode ser considerado um veterano, apesar dos 44 anos. Antes de entrar para a história do Colorado do Sul, Goiano já havia tentado a sorte em outros times de Mato Grosso.

Apareceu no Juventude de Primavera do Leste em 2004, em seguida disputou duas temporadas pelo Vila Aurora e este ano completa já um ano no comando do principal clube de Rondonópolis.

Figura carimbada do futebol de Mato Grosso, Gilmarzinho Ferreira, apesar dos seus 56 anos e mais de 20 como preparador físico, decidiu desde ano passado a deixar o papel de coadjuvante para ser protagonista no esporte.

Hoje no comando técnico do Primavera, Ferreira assume que o Estadual deste ano é o seu segundo na nova função, já que ano passado no Cacerense foi o início de tudo. “Não quero mais ocupar a função de interino. Tenho serviço e experiência suficiente no futebol para assumir o cargo de treinador efetivo. Quero construir uma carreira de sucesso como foi quando era preparador físico”, finalizou Gilmarzinho, que teve a primeira chance no Operário em 2003 durante a Copa do Brasil.

 

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