Aos 26 anos, Carlos Alberto coleciona camisas e saídas pouco elegantes por alguns clubes pelos quais atuou. Sua ficha conta com duas passagens pelo Fluminense, além de ter jogado por Porto-POR , Corinthians, Werder Bremen-ALE , São Paulo, Botafogo e Vasco. Contratado pelo Grêmio, o jogador atuará pela oitava agremiação diferente, mesmo sem ter chegado a três décadas de vida.
Tão extenso quanto o seu currículo em campo, onde também constam muitos títulos como estaduais, Campeonato Português e Brasileiro, Copa dos Campeões da Europa e Mundial de Clubes, o meia-atacante possui uma lista considerável de confusões. Sua chegada ao Tricolor levanta a questão se um atleta talentoso e habilidoso compensa o "garoto problema" que vem no pacote. Para o técnico Renato Gaúcho a resposta é rápida e simples.
"Ele vai se enquadrar e vai seguir as regras do clube. Não pode ser diferente. Isso é para qualquer jogador. Não vai ter problema comigo. É um bom garoto. Não é nenhum um santo, o que eu também não quero que seja. Sei que ele vai dar muito mais problemas para os adversários", opinou.
O rótulo de "bad boy" carregado por Carlos Alberto há algum tempo, não preocupa Renato. Com a técnica adquirida nos tempos de jogador, ele mata no peito a situação. "Foi meu jogador e nunca me deu problema. Às vezes o problema depende do comando. Nunca tive problema com os jogadores", garantiu. A dupla trabalhou junta em duas oportunidades, ambas no Flu.
No Corinthians, no São Paulo e no Vasco, a situação não foi tão simples em termos de comportamento. Em 2006, quando defendia o Timão, o meia bateu boca com o técnico Emerson Leão por ser substituído ainda no primeiro tempo, em partida contra o Lanus, pela Copa Sul-americana.
Após frustrada passagem pelo Werder Bremen, da Alemanha, o jogador chegou ao Tricolor Paulista. Lá, Carlos Alberto teve áspera discussão com o volante Fábio Santos, tendo quase sido agredido fisicamente. Os atrasos do novo contratado do Grêmio para os treinos culminaram na antecipação da concentração, irritando seu companheiro e gerando o tumulto.
Seu último ato como vascaíno foi discutir com o presidente Roberto Dinamite na frente de todo o elenco, sendo imediatamente afastado do grupo de jogadores.
Já em Porto Alegre, Carlos Alberto começa a escrever sua nova história, mais uma vez com a disputa entre o talento e o pavio curto.