O novo gerente de futebol do Operário, o ex-jogador Beto Cuiabano, não está pra brincadeira. Em entrevista exclusiva ao jornal A Gazeta, o ex-meia do Flamengo, Botafogo, Vasco, Grêmio e seleção brasileira revelou à sua disposição em ajudar a levantar o Tricolor várzea-grandense e que só aceitou o desafio de gerenciar o futebol do clube por "sentir firmeza" na pessoa do presidente, o empresário Daniel Terroso.
Sem papa língua, Beto é realista ao afirmar que o atual elenco tricolor não têm condições de brigar pelo título, mas sim para fazer uma campanha digna à altura da tradição do Operário.
Com passagens pelos principais clubes do Rio de Janeiro, o ex-jogador, que no último dia 7 de janeiro completou 36 anos, se comprometeu em tentar jogadores "encostados" no Flamengo, Vasco, Fluminense e Botafogo para reforçar o grupo sob comando do técnico Fábio Cunha. Ele viaja neste domingo para o Rio e logo em seguida fará contatos no sentido de obter a liberação dos atletas sem nenhum ônus para o Operário.
"Vou tentar vêr se trago atletas do Vasco, Flamengo, Fluminense e Botafogo para o Operário. A proposta é eles (atletas) virem com salários pagos pelos clubes e aqui o Operário só arcaria com hospedagem, alimentação, com estrutura de trabalho", disse o mais novo dirigente do futebol brasileiro.
Ao encerrar carreira no CFZ de Florianópolis no final de 2009, Beto Cuiabano revela que é a primeira vez que assume uma função fora das quatro linhas. Ressalta que só aceitou o desafio com algumas condições, as principais delas são seriedade e transparência.
"Só vou continuar neste projeto do Operário se a coisa for séria. Não vou botar minha cara a tapa em algo fadado ao insucesso. Realmente quando fiquei sabendo da real situação do clube é de dar pena, é triste. Não tem nada, nem trabalho de base. É preciso ter transparência, credibilidade, prestação de conta. O patrocinador bota dinheiro e quer saber onde foi aplicado o dinheiro dele. Está certo cobrar, as coisas dão certo com seriedade, transparência. E isso que estamos discutindo com a direção do Operário", enfatizou Cuiabano. Conhecido por gostar de baladas, o gerente de futebol do Operário afirmou cobrar disciplina do grupo. "Vou cobrar cumprimento de horário. Por outro lado, o clube tem que fazer sua parte", finalizou.