Depois de perder para o Cruzeiro, o Náutico se distanciou um pouco dos líderes do Campeonato Brasileiro e recebeu o Vasco da Gama para voltar a vencer. Sem Dedé, Felipe e Juninho Pernambucano, os cariocas buscavam confirmar a reação após a vitória na última rodada. Empurrado pela fanática torcida, o Timbu pressionou, saiu na frente, mas saiu do gramado lamentando o empate por 1 a 1.
Sem dar chances para os vascaínos, o Náutico dominou todo o primeiro tempo, mas demorou a abrir o placar. Retornando de lesão e jogando no sacrifício, o artilheiro Kieza se mostrou eficiente e marcou o sétimo dele no Brasileirão. Acordado no segundo tempo, o Vasco empatou com um golaço de Fellipe Bastos e suportou a pressão pernambucana mesmo com dois jogadores lesionados em campo.
Na próxima rodada, a 23ª da competição nacional, o Náutico viaja para o Rio de Janeiro, onde encara o Botafogo no Engenhão, às 16 horas (de Brasília) de domingo. Também no domingo da capital fluminense, o Vasco recebe o Bahia no gramado de São Januário, às 18h30.
O jogo – Depois de passar por cima de Santos e São Paulo em Recife, o Náutico entrou no gramado dos Aflitos para dominar o Vasco da Gama. Logo aos 23 segundos, Kieza tabelou com Araújo e recebeu a bola nas costas da defesa carioca. sem ritmo de jogo, o centroavante exagerou na força e bateu alto demais.
Pressionando o Vasco no campo de defesa e sem correr riscos, o Timbu quase abriu o placar aos 18 minutos. Rhayner fez fila pela direita e bateu por baixo das pernas de Fernando Prass, mas Jonas apareceu para evitar o gol alvirrubro. Mais tarde, foi a vez de Kieza servir Araújo, que saiu de Douglas com facilidade e chutou rasteiro para defesa com os pés de Fernando Prass.
Somente aos 36 minutos de jogo o time de São Januário chegou ao ataque com consciência. Carlos Tenório matou no peito e virou uma bonita bicicleta por cima do gol de Gideão. Empolgados, os cariocas partiram para o ataque e deixaram espaço atrás pela primeira vez: Rhayner recebeu belo lançamento de Elicarlos e cruzou para Kieza dominar e contar com desvio de Douglas para marcar o sétimos dele no Brasileirão.
Na volta do intervalo, Cristóvão Borges sacou Jonas e Eduardo Costa para a entrada de Auremir e Carlos Alberto. Wendel bateu de longe e deu trabalho para Gideão e, na sequência, os vascaínos reclamaram de pênalti, mas Leandro Vuaden nada marcou. O Timbu respondeu em tabela de Souza e Rhayner, mas a bola foi desviada e por pouco não entrou.
A pressão do Vasco surtiu efeito e, após troca de passes na intermediária, Fellipe Bastos soltou uma bomba para vencer o goleiro Gideão e empatar a partida. Aos 19 minutos, Araújo mandou para as redes após lançamento de Martinez, mas o auxiliar Marcelo Barison anulou a jogada equivocadamente.
O Timbu aumentou a pressão e assustou o Vasco em chutes de Martinez e na intensa movimentação dos descansados Andrés Romero e Dimba, que entraram nas vagas de Araújo e Kieza. Sem poder mexer depois que Auremir, que havia entrado na vaga de Jonas, sentiu lesão, os vascaínos ficaram com praticamente dois a menos com as contusões de Fellipe Bastos e Tenório.
No desespero, o Náutico exagerava nos lançamentos longos e pecava nas finalizações. Sem condições físicas, o Vasco se segurou na defesa e assistiu aos minutos finais torcendo para que a bola pernambucana não entrasse no gol defendido por Fernando Prass, que salvou com os pés chance clara do garoto Dimba.
Com o apito final de Vuaden, os vascaínos lamentaram a brecada na reação, mas comemoraram o resultado pelas circustâncias. Do lado alvirrubro, o sentimento era de frustração após dominar o time carioca durante todo o jogo e terminar apenas com o empate.