O duelo entre Bahia e Corinthians, na tarde deste domingo, não saiu do zero. As duas equipes buscavam a vitória no Pituaçu para subir na tabela do Campeonato Brasileiro – o time baiano, por estar próximo da zona de rebaixamento, e a equipe paulista, a fim de se aproximar do pelotão de cima -, mas fizeram uma partida fraca, digna de 0 a 0.
Com 16 pontos, o Corinthians agora tem uma semana livre de compromissos e só volta a campo no próximo domingo, diante do Vasco, no Rio de Janeiro. Antes de enfrentar o Grêmio, em Porto Alegre, também no domingo, o Bahia (com 12 pontos) estreia na Copa Sul-americana contra o São Paulo, na quarta-feira, em casa.
O jogo deste domingo marcava a volta de Douglas, baixa na rodada passada por suspensão. Antes de não enfrentar o Cruzeiro, o novo camisa 10 havia sido decisivo nos dois primeiros compromissos como titular após a saída de Alex: fez dois gols na vitória sobre o Flamengo e um no empate com a Portuguesa.
Garantido no time pelo bom desempenho recente, o meia tiraria vaga de alguém do sistema ofensivo. Poderia ter sido Romarinho, porém Emerson acusou dores no tornozelo esquerdo, não participou do treino coletivo de sábado e assegurou a manutenção do jovem atacante, que neste domingo chegou à sétima partida seguida entre os 11 iniciais, desta vez ao lado de Jorge Henrique.
Se Tite mais uma vez não repetia a escalação, do lado baiano os problemas eram ainda maiores. Estreante no Pituaçu, o recém-chegado técnico Caio Júnior não podia contar os atacantes Souza e Ciro, ambos suspensos, e Lulinha, ainda vinculado ao Corinthians. Outro desfalque sentido, afora aqueles que já eram conhecidos desde a semana passada, foi do volante Kléberson, por conta de dores na coxa.
O primeiro desafio encontrado pelas duas equipes foi o calor. Mais complicado ainda para o Corinthians, que jogava de camisa e calção preto. Os dez minutos iniciais de bola rolando foram lentos. Nem Marcelo Lomba nem Cássio tiveram trabalho – o corintiano só levantava o braço para tapar o rosto do sol.
Com o passar do tempo e a dificuldade de penetrar na defesa rival, o time paulista resolveu arriscar de longe. Os volantes Ralf e Paulinho experimentaram arremates praticamente do mesmo local e mandaram a bola para muito longe do alvo. A grande chance saiu aos 28 minutos, em bola de Douglas enfiada para Danilo dentro da área. O camisa 20 chutou, mas, com Lomba já a seus pés, viu o goleiro defender.
Dois minutos depois, Romarinho recebeu de costas, fora da área, e chutou buscando o canto esquerdo baixo. Lomba se atirou e espalmou a bola junto à trave. Foi o último susto do goleiro do Bahia. A equipe da casa, em contrapartida, desceu para o vestiário sem ameaçar a invencibilidade de Cássio, pois o ataque com Zé Roberto e Júnior se mostrava desentrosado e sem velocidade.
O Bahia retornou um pouco melhor para o segundo tempo e teve uma boa chance aos nove minutos, quando Magno arrancou em velocidade pela ponta esquerda e cruzou rasteiro em direção à área. O passe rasteiro buscava Zé Roberto, que ficaria de frente para Cássio, mas Paulo André se antecipou e fez o corte para escanteio. Apesar de não ter saído o gol, a jogada incendiou a torcida tricolor.
Logo dois minutos mais tarde, foi a vez de Zé Roberto servir. Ele recebeu na linha de fundo e atrasou para Júnior empurrar para a rede. O lance, contudo, já havia sido paralisado erradamente pelo árbitro, que assinalou impedimento. O susto acordou o Corinthians. Tite sacou Romarinho para a entrada do centroavante Guerrero na tentativa de reter a bola por mais tempo no campo ofensivo.
O peruano se esforçou, mas, ainda aquém da condição física ideal, não contribuiu como imaginava o treinador. Até porque Douglas não se destacava na armação. O meia foi substituído pelo também peruano Ramírez, mas nem o entrosamento entre os companheiros de seleção peruana funcionou. No fim, o placar não saiu do zero. Ruim para o Corinthians, mas pior para o Bahia, que se vê em torno da zona de rebaixamento.