Não só os jogadores do Corinthians têm recebido propostas para deixar o clube. Também os assistentes de Tite e o próprio treinador foram procurados. Mas se negaram a sair. Nesta terça-feira, o comandante garantiu que fica na equipe ao menos até o término do contrato, no fim do ano, para a disputa do Mundial.
"Chegou perto, mas meu empresário barra. Ele avisa: "nem vai falar com ele porque o conheço". Só não recebe proposta diretor não remunerado. Mais do que o documento assinado, dou minha palavra. A única vez na minha carreira (em que rompi o contrato) foi para vir para o próprio Corinthians. Foi uma exceção à regra", disse.
A exceção se deu em outubro de 2010. Tite dirigia o Al-Wahda, dos Emirados Árabes, e foi procurado por Andrés Sanchez, então presidente do Corinthians. Não titubeou: pediu alguns dias para comunicar aos dirigentes que queria retornar ao futebol brasileiro. Curiosamente, nem a vaga garantida no Mundial (um dos motivos que o seguram atualmente) o impediu.
Em um novo patamar por ter sido campeão brasileiro e da Copa Libertadores, o treinador passou a ser alvo de diversos clubes, segundo seu empresário. "Ele hoje é um dos técnicos mais importantes do Brasil, e a disputa do Mundial é muito importante para nossa história", disse Gilmar Veloz, sem revelar quais teriam sido os times interessados.
Além de Tite, outros dois membros da comissão técnica corintiana foram assediados. Fábio Carille e Geraldo Delamore tiveram propostas para comandar equipes da Série B do Campeonato Brasileiro e preferiram permanecer auxiliando o treinador. Enquanto isso, alguns atletas tomaram outros rumos.
O zagueiro Leandro Castán e o meia Alex, para citar apenas os titulares, já se despediram, a contragosto de Tite, que pensava na manutenção do grupo principal. "Aí entra aspecto financeiro, a situação é boa para o jogador e para a família. Não depende só de mim, do presidente e dos diretores. Nós queríamos que ficassem, mas não deu", lamentou.