A situação do meia Paulo Henrique Ganso parece cada vez mais complicada dentro do Santos. Mesmo com o camisa 10 servindo a Seleção Brasileira, que se prepara no Rio de Janeiro para os Jogos Olímpicos de Londres (Inglaterra), o imbróglio que envolve a possível permanência ou não do jogador no clube, ganhou mais um capítulo: uma revelação do presidente santista, Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro, ao Conselho Deliberativo do Peixe.
De acordo com conselheiros, o mandatário afirmou que Ganso lhe garantiu durante uma conversa que não irá mais atuar pelo Alvinegro Praiano. A declaração de Laor ocorreu durante a última reunião do Conselho Deliberativo do Santos, na noite desta quinta-feira, na Vila Belmiro, e foi confirmada pelo seu vice, Odílio Rodrigues.
As palavras do presidente do Santos acirraram ainda mais a polêmica que cerca o meio-campista. No último domingo, a informação de que Paulo Henrique Ganso não jogaria mais pelo Peixe surgiu com força nos bastidores, horas antes da vitória sobre o Grêmio, por 4 a 2, na Vila Belmiro. O Internacional, com ajuda do grupo DIS, receberia o maestro, que não ficou satisfeito com a proposta de reajuste salarial apresentada pelo clube.
Ganso rebate -Concentrado com a Seleção, Ganso quebrou o silêncio e, através de sua página pessoal no twitter, rebateu Luis Álvaro de Oliveira Ribeiro. "Antes de mais nada gostaria de deixar bem claro para a torcida santista que sempre me dediquei, lutei, ajudei esse Clube no qual cresci e joguei com muita honra e dignidade. São 7 anos de pura dedicação … E em momento algum disse que não queria mais jogar no Santos", disse.
Irritado, o meia seguiu escrevendo, em tom de desabafo, e alfinetando o presidente santista. "Não cheguei agora e conheço o Santos muito bem, ao contrário de quem só pegou coisa boa e nos momentos de dificuldades tenta tirar o foco de onde realmente está errado", comentou o camisa 10 alvinegro. "E as pessoas que criticam, procurem saber da verdade primeiro para depois julgar ou falar algo! (sic)", emendou.
Grupo DIS -A briga de Paulo Henrique Ganso com a direção despertou o interesse do empresário Delcir Sondas, dono do grupo DIS, braço esportivo do grupo Sondas, que entrou em cena para tentar tirar o meia da Vila.
Por conta disso, o comitê de gestão do Santos manteve uma reunião na última quarta, onde ficou definido que o clube deve liberar Ganso apenas pelo valor de sua multa rescisória, seja para o mercado nacional (R$ 53 milhões) ou internacional (50 milhões de euros, equivalente a cerca de R$ 124 milhões).
Como o DIS mantém 55% dos direitos econômicos de Paulo Henrique Ganso, caso a empresa resolva comprar os 45% presos ao Peixe e colocá-lo no Inter, o time santista receberia R$ 23,8 milhões pela transação.
O Colorado aguarda uma definição de Delcir Sondas com a cúpula alvinegra para apresentar a sua proposta salarial por Ganso, que poderia ser o substituto de Oscar no Beira-Rio. O jovem meia está na mira do Chelsea (Inglaterra) e pode se transferir para o futebol europeu, após os Jogos Olímpicos.