Diante de um show de fogos de artifício no céu do Parque Ecológico e com direito a torcida acompanhando o treino na grade, o Corinthians encerrou sua preparação para a inédita final de Libertadores, nesta terça-feira, sob sol forte na capital paulista. Depois de um animado rachão com todo o elenco, incluindo goleiros jogando na linha, o papo ficou sério no CT Joaquim Grava.
Depois de aproximadamente 40 minutos de recreativo, o técnico Tite mandou os reservas para um coletivo no campo anexo do CT e comandou uma atividade tática apenas com os onze titulares dos duelos diante do Boca Juniors. Os adversários eram ele próprio, seus auxiliares, e o goleiro Julio César, posicionado debaixo da meta para evitar que o trabalho de ataque dos titulares se convertesse em gol. Danilo, que trabalhou quase como um atacante nas semifinais e no primeiro jogo da final, esteve mais recuado no último apronto do Timão.
Durante pouco mais de meia hora, o treinador testou diversas situações de jogo ao lado dos comandados, como posicionamento, bolas aéreas defensivas e ofensivas, triangulações curtas, marcação e dribles. A cada movimento executado por algum jogador, Tite parava o lance para orientar e mostrar como aquela jogada deveria ter sido conduzida para "melhor êxito", como o próprio comandante ratificou. No time titular, nenhuma surpresa: Cássio; Alessandro, Chicão, Leandro Castán e Fábio Santos; Paulinho, Ralf e Alex; Jorge Henrique, Emerson e Danilo.
Nesta parte específica do treino, inclusive, o treinador proibiu a filmagem das movimentações pelas câmeras de televisão, mas não vetou a presença de fotógrafos e repórteres, que faziam grande número para observar os titulares do Timão em seu último trabalho antes da final da Copa Libertadores da América. A estratégia tenta evitar que Julio César Falcioni, treinador do Boca Juniors, se arme para o confronto decisivo.
Antes da parte séria, animação – Uma das equipes do treino recreativo desta terça-feira contava com o goleiro reserva Julio César na linha, e o jogador reclamava a cada passe que não chegava ‘redondo", principalmente de jogadores como Alex e Paulinho. "Se a bola não chegar no pé eu não tenho como brilhar", brincava o suplente de Cássio. O camisa 24 foi, inclusive, o único goleiro do elenco a permanecer em sua posição durante a atividade. No final, o time de Cássio venceu o de Julio César por 3 a 0.