Irritada com as falhas da zaga, a diretoria do São Paulo anunciou o afastamento de Paulo Miranda horas antes do jogo contra a Ponte Preta. A medida não deu certo. O setor defensivo tricolor seguiu inseguro em diversas ocasiões e foi o vilão na derrota desta quarta-feira por 1 a 0 diante da Macaca, no estádio Moisés Lucarelli, em Campinas, no encontro de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.
O erro no lance do gol veio justamente de Rhodolfo, considerado o melhor zagueiro são-paulino. Aos 17 minutos do segundo tempo, o camisa 4 ficou imóvel dentro da área e permitiu a cabeçada de Roger que venceu Denis.
Com o resultado, a Ponte Preta pode até perder por diferença mínima no confronto de volta, na quinta-feira da semana que vem no estádio do Morumbi, desde que marque, ao menos, um gol. Ao São Paulo, resta um triunfo por dois tentos de vantagem. Se o Tricolor devolver o marcador de 1 a 0, a vaga nas quartas de final será definida nos pênaltis.
O Jogo – Ponte Preta e São Paulo pareciam ter apagado rapidamente a eliminação no Campeonato Paulista e proporcionaram um confronto animado nos instantes iniciais. Com dois minutos, o Tricolor assustou os donos da casa ao acertar a trave esquerda do goleiro Bruno Fuso, em arremate de Luis Fabiano. A movimentação seria intensa durante todo o primeiro tempo.
A resposta da Macaca veio logo em seguida. Mesmo sem Paulo Miranda, a zaga são-paulina proporcionou um presente ao adversário. O erro de Rhodolfo gerou um chute perigoso de Renato Cajá. O goleiro Denis desviou a bola pela linha de fundo.
A Ponte Preta se animou com o lance e partiu determinada em busca do gol. Em duas oportunidades seguidas, acertou a trave do rival. Aos dez minutos, Caio encobriu Denis e parou no travessão. No minuto seguinte, Roger aproveitou falha de Cortez e encontrou o poste esquerdo da meta tricolor.
Em um jogo recheado de erros defensivos, a Ponte Preta quase presenteou o São Paulo. Aos 19 minutos, Guilherme não conseguiu direcionar a cabeçada e mandou a bola na direção de Cícero na área defensiva da Macaca. O meia tricolor improvisou uma bicicleta e assustou Bruno Fuso.
O São Paulo se aproximou da abertura de placar no momento que Luis Fabiano se apresentou em campo. Foram dois arremates consecutivos do centroavante que esteve suspenso na derrota do final de semana contra o Santos, todavia Bruno Fuso trabalhou com eficiência. Apreensiva, a torcida da Macaca ficou inflamada com a alegação de que o chute de Renato Cajá acertou o braço de Douglas na área. O árbitro não marcou o pênalti. E o primeiro tempo terminou – de forma injusta – sem gols.
Pressão:A Ponte Preta voltou com um ritmo alucinante para a etapa final. Em cinco minutos, apostou em uma sucessão de cruzamentos e não deixou o adversário passar do meio-campo. Só que a primeira oportunidade após o intervalo foi são-paulina. Aos sete minutos, a cabeçada de Rhodolfo raspou o travessão.
Apesar do susto, a Ponte Preta seguia melhor no segundo tempo. Denis foi obrigado a se virar no chute de João Paulo na entrada da área, aos 13 minutos. A bola explodiu no peito do substituto de Rogério Ceni.
A insistência da Ponte Preta foi premiada com o gol aos 17 minutos. No cochilo de Rhodolfo na bola aérea, Roger aproveitou cruzamento de Cicinho na direita e cabeceou livre, firme, no contrapé de Denis.
A partir daí, o que se viu em campo foi a desorganização do ataque são-paulino, mesmo com a entrada do artilheiro Willian José. Firme na defesa, a Ponte Preta controlou o tempo, esfriou o rival com alterações e assegurou a importante vitória no jogo de ida das oitavas de final da Copa do Brasil.