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Ministro do Esportes aceita pedido de desculpas da Fifa

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O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, aceitou hoje (8) o pedido de desculpas da Federação Internacional de Futebol (Fifa) ao Brasil, mas não deixou claro se o autor da críticas, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, continuará sendo o interlocutor entre a Fifa e o governo brasileiro na preparação para a Copa do Mundo de 2014.

Rebelo esteve hoje no Palácio do Planalto para uma reunião entre representantes do Comitê Olímpico Internacional (COI), o governo, a prefeitura do Rio de Janeiro e a presidenta Dilma Rousseff para tratar de outro megaevento, os Jogos Olímpicos de 2016. Em entrevista após o encontro, o ministro foi perguntado insistentemente sobre o papel de Valcke na interlocução com o Brasil, mas se limitou a responder que já havia se pronunciado nas cartas enviadas à Fifa e em entrevista coletiva concedida no último sábado (3).

"O que eu tinha a dizer já disse em três cartas que enviei ao presidente da Fifa e ao secretário-geral e na entrevista que dei. Não vou alimentar nenhuma especulação sobre esse episódio", desconversou.

Na sexta-feira (2), o secretário-geral da Fifa disse que o Brasil estava mais preocupado em ganhar a Copa do que em organizá-la. Disse ainda, usando uma expressão em francês, que as autoridades brasileiras precisavam de "um chute no traseiro", no entendimento do governo, ou de um "empurrão", de acordo com tradução do próprio Valcke, em relação aos preparativos para o Mundial.

Nas cartas endereçadas ao presidente da Fifa, Joseph Blatter, e ao próprio Valcke, divulgadas hoje pelo Ministério do Esporte, Rebelo disse que aceitou o pedido de desculpas feito pela entidade em relação ao tom de declarações do secretário-geral na última semana. No entanto, em nenhuma das correspondências de hoje está claro se Valcke continuará sendo o interlocutor da Fifa com o Brasil para assuntos da Copa de 2104.

Na segunda-feira (5), o ministro havia pedido, também por carta, a substituição de Valcke como interlocutor da Fifa ressaltando que o governo brasileiro não poderia aceitá-lo na função após as declarações polêmicas. Na correspondência endereçada a Blatter, o ministro destacou que Dilma receberá o presidente da Fifa em audiência. A data ainda será confirmada pelo Palácio do Planalto.

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