A demissão do técnico Caio Júnior do comando técnico do Grêmio deve ser confirmada na tarde desta segunda-feira. O treinador deixará o cargo devido à má campanha na primeira fase da Taça Piratini, onde o Tricolor só se classificou por conta de uma punição Cruzeiro-RS, que perdeu seis pontos por conta da inscrição irregular do atacante Jô. A derrota para o São José, no último sábado, foi a gota d"água.
Com 49 dias de trabalho no Olímpico, a breve trajetória de Caio Júnior lembra a de Vagner Mancini, demitido após um mês e meio, em 2008. Na época, o futebol também era dirigido por Paulo Pelaipe, com Paulo Odone na presidência. Mancini deixou o cargo invicto, mas foi demitido por conta do estilo ofensivo e de poucas preocupações defensivas, o que desagrada aos altos dirigentes gremistas.
Caio Júnior cai com desempenho bem mais modesto que o de Mancini: em oito jogos pelo Gauchão, ganhou quatro, empatou um e perdeu três. Com 11 gols sofridos, o Grêmio só não foi vazado uma vez, na vitória por 1 a 0 sobre o São Luiz. O empate em 2 a 2 com os reservas colorados no Gre-Nal do dia 5 de fevereiro também pesou contra o técnico, além de substituições consideradas equivocadas e a falta de definição de um esquema tático.
O preferido da direção para substituir Caio Júnior é Vanderlei Luxemburgo, demitido do Flamengo no começo de fevereiro. À tarde, os dirigentes do Grêmio devem conceder uma entrevista coletiva que explicará melhor a demissão prematura de Caio Júnior. Em 2011, Odone e Pelaipe demitiram o técnico Julinho Camargo em meio ao Campeonato Brasileiro, menos de um mês depois de contratá-lo para a função.
No Gre-Nal da próxima quarta-feira, o auxiliar Roger Machado, jogador do time na década de 90, é quem deve comandar a equipe. Como técnico interino, Roger participou de apenas uma partida: em janeiro do ano passado, venceu um clássico contra o Internacional recheado de reservas, pelo Gauchão, por 2 a 1.