Após ser apontada como atrasada no desenvolvimento dos novos motores V6 turbo em relação às concorrentes Renault e Mercedes, a Ferrari lançou na noite desta quinta-feira o 059/3, seu propulsor para a temporada de 2014 da Fórmula 1. Responsável pela apresentação em Maranello, o responsável pelo departameno de motores da escuderia, Luca Marmorini, garantiu que o ritmo de trabalho na fábrica italiana é intenso e tudo estará pronto na primeira prova do ano, na Austrália.
“Nós definimos um cronograma há dois anos e estamos de acordo com nossos planos, mas estamos totalmente concentrados neste trabalho”, afirmou o engenheiro. “Queremos estar prontos em março. Nós estaríamos trabalhando duro se ainda houvesse um congelamento, e as novas regras não mudam nossa abordagem. Ainda há incertezas, mas estamos certos de que estaremos prontos em março”, completou.
A maior preocupação de Marmorini não é se os motores serão concluídos a tempo. Segundo o engenheiro, a Ferrari precisa poupar combustível para terminar as corridas em 2014, já que a capacidade do tanque diminuiu e os carros podem sofrer pane seca ou andarem mais devagar.
“A Ferrari nunca gostou de que poderemos ser obrigados a trabalhar na estratégia de poupar combustível para terminar a corrida. Esse é um risco que pode, de algum modo, mudar a imagem da Fórmula 1. Mas isso é inevitável, e nós fizemos nosso melhor para ter um consumo muito baixo. Estamos trabalhando na estratégia para poder terminar a corrida no tempo mínimo”, conclui.
Diretor-técnico vê vantagem por Ferrari fabricar próprio motor
Novo diretor-técnico da Ferrari, James Allison acredita que a independência da equipe na fabricação do novo motor e do chassi pode ser determinante para que a equipe tena vantagem sobre os rivais na temporada 2014 da Fórmula 1.
"Ser capaz de construir o motor e os chassis em conjunto é, definitivamente, uma boa vantagem para a Ferrari. Outras equipes não podem fazer o mesmo e, no próximo ano, como nunca antes, a instalação do novo motor no chassi do carro será uma operação complexa”, exalta. "Tenho experiência direta de minha época na Lotus: é verdade que o fornecedor de motores tenta atender às suas demandas, mas nunca será a mesma coisa do que acontece aqui, onde há uma cultura histórica relacionada a uma tarefa comum de definição, de desenvolver o desenho do carro novo", conclui.