Que se danem os outros. É pensando mais ou menos assim que o São Paulo entrará em campo no domingo, em seu último compromisso de 2013. O duelo contra o Coritiba, em Itu, interessa não somente aos paranaenses, mas também a outras equipes que lutam contra o rebaixamento.
Para o time treinado por Muricy Ramalho, a partida em Itu será apenas mais uma no Campeonato Brasileiro, mas os jogadores garantem o mesmo empenho pela vitória como o demonstrado na rodada passada, diante do Criciúma – apesar da derrota por 1 a 0, com gol irregular no começo do jogo, o São Paulo buscou o empate até o final.
"Fomos lá a Criciúma e jogamos bem. Não vencemos, mas fomos para ganhar. Temos que respeitar a camisa que a gente veste, porque não temos nada a ver com o sofrimento de ninguém. Quando a gente estava lá embaixo, todos vinham para querer nos derrubar", disse o zagueiro Antônio Carlos, na tarde desta terça-feira, dia em que o elenco se divertiu na quadra society do CT da Barra Funda.
Neste momento, o Coritiba está um ponto acima da zona de descenso (soma 45) e, portanto, depende apenas de si para se manter na primeira divisão. Vasco da Gama (44) e Fluminense (43) aparecem logo abaixo e torcem por um triunfo são-paulino. Além deles, Criciúma (46) e Internacional (47) e Portuguesa (47) também não estão a salvo.
"A gente respeita, sabe que estão brigando para não cair, estamos vendo o sofrimento de algumas equipes. Mas é algo que a gente também viveu no campeonato e não temos que ajudar ninguém. A partir do momento que a gente entra em campo, tem que respeitar nossa camisa, nossa torcida, o clube", reforçou Antônio Carlos, ao afirmar que, até agora, nem ele nem seus companheiros receberam qualquer incentivo financeiro alheio.
"Para a gente, pelo menos nesses jogos, não aconteceu nada disso, não. É claro que um ou outro amigo pede para ir devagar, mas não tem nada. Só que (mala branca) não é nada de ruim também. Não estaríamos recebendo para perder jogo. Mas aqui não aconteceu nada até agora", disse o defensor carioca, com naturalidade, antes de admitir que torce para que um dos times do Rio de Janeiro consiga escapar – pelo menos um será rebaixado.
"Se caírem os dois, vou ficar triste, porque vou menos para casa no ano que vem, vou jogar menos no Rio. Mas também não posso falar muito da situação deles porque não estou vivendo o ambiente deles. Vamos ver o que vai dar. Vamos ver se a gente consegue ajudar alguém ganhando nosso jogo", concluiu o ex-botafoguense revelado no Fluminense.