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Defesa Civil confirma interdição parcial em Itaquera e nega dano estrutural

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A Defesa Civil voltou ao estádio de Itaquera na manhã de quinta-feira e confirmou a interdição parcial das obras. Está paralisado o trabalho em 30% da área leste – a afetada pela queda da estrutura metálica que matou dois operários na quarta -, cerca de 5.000 quilômetros equivalentes a aproximadamente 10% do estádio e 5% de todo o terreno.

Essa interdição já havia sido feita em caráter emergencial na própria quarta. Com uma nova vistoria que durou das 10h às 13h30 de quinta, foi feito o auto de interdição, assinado pelos responsáveis pela construção. Agora, a empreiteira Odebrecht precisa preencher documentos e pedir à prefeitura autorização para obras emergenciais na área afetada.

Na nova visita, a Defesa Civil confirmou a sua impressão inicial de que não houve dano estrutural. A arquibancada leste não foi propriamente atingida pela estrutura metálica que caiu ou pelo guindaste que se desmontou. Foi a fachada com painéis de led que acabou sendo avariada no acidente.

"A estrutura, é bom que se diga, não foi afetada. Não foi detectada nenhuma ranhura, nada que tenha afetado a estrutura básica e provoque um risco de colapso. É só aquela parte metálica e a parte do guindaste que veio abaixo. Afetou a laje, uma coisa pequena em uma obra desse tamanho", afirmou o coordenador da Defesa Civil paulistana, Jair Paca de Lima.

Ele procurou não fazer maiores especulações sobre os motivos do acidente – na quarta, havia falado em "erro de procedimento" -, deixando esse trabalho para a Polícia Técnico-Científica, mas disse não ter visto sinais de que o solo tenha cedido, como foi teorizado. "Não houve declividade no solo. Se houve, foi coisa de milímetros. A gente viu a base da máquina. Essa base não sofreu afundamento."

Prazo
O próximo passo para a construtora do estádio do Corinthians é pedir a autorização para as obras emergenciais. Entregue essa permissão, o trabalho será retirar a estrutura metálica que desabou e o guindaste para que possa se voltar a trabalhar na área interditada.

"O prazo vai depender da agilidade para a autorização para as obras emergenciais e da própria execução delas. Se executar em dez dias, serão dez dias de interdição. Se forem 30 dias, serão 30 dias", comentou Lima. A empreiteira já trabalha na parte burocrática da questão.

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